Na recente divulgação do Boletim Focus pelo Banco Central, as instituições financeiras apresentaram uma leve redução na projeção de inflação para 2025, que caiu de 5,10% para 5,09%. Apesar deste ajuste positivo, a expectativa ainda se mantém acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,5%. Para os anos seguintes, a projeção para 2026 passou de 4,45% para 4,44%, enquanto as estimativas para 2027 e 2028 permaneceram em 4% e 3,8%, respectivamente.
O panorama econômico ressoa um desafio contínuo, especialmente com a inflação superando a meta por seis meses consecutivos até junho. O presidente do BC, Gabriel Galípolo, enviou uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltando que essa alta de preços foi provocada por fatores como o fortalecimento da atividade econômica, variações cambiais, tarifas de energia elétrica e eventos climáticos adversos.
A taxa básica de juros, a Selic, permanece inalterada em 15% ao ano, após o Copom decidir por um aumento consecutivo em suas últimas reuniões. Essa decisão surpreendeu o mercado, que esperava pela manutenção da taxa. O comitê sugere que pode manter essa taxa em suas próximas reuniões, mas não descarta novas altas se a inflação mostrar tendência de crescimento. A próxima reunião está agendada para os dias 29 e 30.
Para o final de 2025, o Boletim Focus prevê que a Selic continue em 15%, com uma expectativa de redução para 12,5% em 2026, seguida por novos cortes para 10,5% em 2027 e 10% em 2028. A Selic é fundamental para controlar a inflação, encarecendo o crédito e, assim, reduzindo o consumo e ajudando a manter os preços sob controle.
Sobre o crescimento econômico, a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 permanece em 2,23%, com uma leve alta para 1,89% em 2026. No primeiro trimestre de 2025, a economia cresceu 1,4%, impulsionada pelo setor agropecuário. Em relação ao câmbio, a expectativa para o dólar ao final de 2025 foi ajustada de R$ 5,65 para R$ 5,60.
Essas informações são compiladas semanalmente pelo Banco Central, refletindo as expectativas de mais de 100 instituições financeiras sobre os principais indicadores da economia brasileira. O que você acha do cenário atual da economia? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião!
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