Em um cenário que destaca a crescente tensão entre tecnologia e trabalho humano, moderadores do TikTok na Alemanha levantaram suas vozes em protesto. Reunidos nesta quinta-feira (17) em Berlim, cerca de 50 profissionais, membros do departamento de “confiança e segurança”, expressaram suas preocupações sobre demissões iminentes, substituições por Inteligência Artificial e o aumento potencial do ódio online. Com uma faixa em mãos que dizia “nós treinamos suas máquinas, paguem o que merecemos”, eles pressionaram a empresa a reconsiderar as medidas que ameaçam sua sobrevivência.
Benjamin Karkowski, um dos moderadores, compartilhou sua trajetória e o impacto da notícia: “Esperávamos que nosso trabalho continuasse a longo prazo após uma sessão de formação sobre mudanças de sistema. Mas um mês depois, fomos informados de que nossos postos seriam ocupados por IA.” Esse movimento não é um caso isolado, mas sim parte de uma tendência global em que redes sociais adotam tecnologias automatizadas para moderar conteúdo, muitas vezes em detrimento da força de trabalho humana.
Em outubro, o TikTok já havia divulgado a eliminação de centenas de vagas ao redor do mundo, especialmente na Malásia, em uma clara migração para soluções automatizadas. A situação na Alemanha, que conta com mais de 20 milhões de usuários, não é apenas uma questão interna; as preocupações em relação à segurança dos dados dos usuários, junto à sua propriedade pelo grupo chinês ByteDance, mantêm a plataforma sob vigilância dos governos ocidentais.
À medida que a IA se infiltra cada vez mais nas redes sociais, o futuro do trabalho e da moderação de conteúdo é cada vez mais incerto. Para os moderadores, essa não é apenas uma luta por seus empregos, mas uma batalha pela integridade da plataforma e pela segurança da comunidade online. Qual é a sua opinião sobre a substituição das pessoas por inteligência artificial em funções críticas como a moderação de conteúdo? Compartilhe seus pensamentos nos comentários!
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