Em uma iniciativa histórica, o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) selou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Associação Afoxé Filhos de Gandhy, garantindo a inclusão de homens transexuais e transgêneros no bloco que, há 76 anos, celebra a cultura afro-brasileira. O acordo foi firmado na última segunda-feira, e sua divulgação ocorreu na última sexta-feira.
O movimento começou após o bloco, em fevereiro, limitar a participação de homens trans, afirmando em comunicado que apenas pessoas do sexo masculino cisgênero poderiam se integrar à associação. A reação a essa restrição provocou um grande debate, levando até uma investigação por parte do Ministério Público.
Com o novo TAC, a Afoxé Filhos de Gandhy compromete-se a eliminar a cláusula que impedia a participação de homens trans. Além disso, a associação divulgará uma nota pública em suas redes sociais, reafirmando que todos são bem-vindos no bloco. Essa mudança representa um passo importante na luta pela inclusão e pelos direitos da comunidade LGBTI+.
Para fortalecer ainda mais essa nova fase, o Afoxé também anunciou uma doação de R$ 10 mil ao Coletivo Mães da Resistência, que apoia famílias de pessoas LGBTI+ vítimas de violência. O valor será aplicado em projetos voltados à promoção dos direitos de homens trans, e a associação produzirá até 400 camisas para o Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat).
Essa evolução no Afoxé Filhos de Gandhy não é apenas um marco de inclusão, mas um convite à reflexão sobre a igualdade e a celebração da diversidade. O que você pensa sobre esse avanço? Compartilhe suas opiniões nos comentários!
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