Em um desdobramento polêmico nas eleições municipais de 2024, o Ministério Público (MP) Eleitoral de Minas Gerais tomou uma posição firme ao denunciar o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). A acusação envolve a disseminação de vídeos que atacam a imagem do prefeito Fuad Noman, de Belo Horizonte, já falecido em março deste ano.
A denúncia do MP reclama que Nikolas, junto com o deputado estadual Bruno Engler (PL), praticou difamação, utilizando informações de um livro escrito por Fuad de forma distorcida e enganosa. O Ministério Público pediu a suspensão dos direitos políticos de ambos os parlamentares, ressaltando que Nikolas ignora ordens judiciais, continuando a veicular suas críticas nas redes sociais e desafiando a autoridade da Justiça.
Os vídeos em questão abordam o livro “Cobiça”, obra de 2020 que traz uma narrativa sensível e controversa. Nikolas descreveu o material como “pornográfico”, insinuando ligações impróprias entre a ficção e a realidade. O MP argumentou que tal afirmação é leviana e injusta, sugerindo que o prefeito estaria, de alguma forma, apoiando práticas ilegais.
Após ignorar uma ordem judicial para remover seu vídeo original, Nikolas publicou um novo material em que reiterava suas acusações, intensificando ainda mais seu desafio à decisão da Justiça. Na denúncia, o promotor Renato Augusto de Mendonça destacou que essa ação evolui para um ato deliberado de desinformação, especialmente crítico em um período tão sensível como véspera das eleições.
Essa situação levanta questionamentos sobre o uso responsável das redes sociais por figuras públicas e a linha tênue entre a crítica política e a difamação. O MP também sugeriu que a indenização por danos morais seja destinada a instituições de caridade, em memória do ex-prefeito. Como você vê a responsabilidade de políticos na disseminação de informações? Compartilhe sua opinião nos comentários.
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