Um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro desvendado pelo Ministério Público Federal (MPF) levou à denúncia de 19 pessoas, ligadas a uma organização criminosa que prejudicou o fundo de pensão dos empregados da Petrobras, a Petros. As investigações revelaram que um negócio imobiliário de R$ 280 milhões serviu como fachada para desviar mais de R$ 23 milhões de origem ilícita, utilizando contas no exterior para ocultar esses valores.
O enredo começa em 2010, com a aquisição de galpões industriais em São Paulo. Essa transação, sob a gestão de um ex-gestor da Petros, foi realizada em conluio com operadores privados, mediada por uma advogada com influência política. O MPF esclarece que, apesar da aparência regular, o negócio disfarçava o pagamento de propina, estabelecido como uma comissão de 8% do total da operação.
Os procuradores identificaram uma operação organizada em quatro núcleos, dedicados à lavagem de recursos, à articulação de contratos fraudulentos e à movimentação financeira obscura, principalmente em contas offshore na Suíça. As ações se enquadram nas leis de lavagem de dinheiro e de organização criminosa, evidenciando a gravidade do esquema.
Além da gestão temerária, caracterizada por ações reconhecidas em desdobramentos da Operação Greenfield, o MPF destacou que alguns crimes já prescreveram. Contudo, a ação penal continua válida para delitos de lavagem e associação criminosa, sujeitando os envolvidos a penas severas. Em resposta, o MPF solicitou R$ 30 milhões em indenização por danos morais coletivos, a serem revertidos à Petros, visando compensar a quebra de confiança dos segurados.
Esse caso é um alerta sobre a vulnerabilidade de entidades financeiras e a necessidade de maior transparência nas operações. O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe suas impressões nos comentários!
Comentários Facebook