O Ministério Público Federal (MPF) acaba de iniciar um inquérito civil para investigar possíveis irregularidades nos contratos firmados pela Prefeitura de Santaluz, na Bahia. A decisão surge após a detecção de indícios comprometedores, especialmente em relação aos acordos com a empresa Global Construções Serviços e Manutenção.
Os contratos, número 050/2022 e 135/2023, foram firmados com base na Ata de Registro de Preços 015/2022 e abrangem serviços variados, como obras de engenharia e intervenção em espaços públicos. No entanto, o MPF alerta que a ata já estava vencida no momento das contratações, e os valores não foram plenamente detalhados, o que levanta sérias dúvidas sobre a transparência desses gastos.
Outro aspecto preocupante é a utilização de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) para financiar os serviços, sem que as obras estejam adequadamente ligadas à educação. Tal prática, caso confirmada, pode configurar desvio de finalidade e má gestão de recursos públicos.
A Procuradoria enfatiza que esses fatos podem se enquadrar como atos de improbidade administrativa, conforme o artigo 10 da Lei nº 8.429/1992. O inquérito busca aprofundar as investigações e, se necessário, adotar medidas judiciais contra os responsáveis.
Este é o segundo inquérito aberto contra a administração de Santaluz. Recentemente, o MPF também iniciou uma investigação sobre a contratação da empresa Suporte Terceirização e Soluções LTDA, apontando novas evidências de má gestão de recursos públicos. O cenário exige vigilância e ação firme em defesa dos princípios da administração pública.
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