O Ministério Público Federal (MPF) deu o primeiro passo em uma investigação que promete revelar a verdade por trás de um concurso da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). A portaria, assinada pelo procurador da República Leandro Bastos Nunes, ratifica a suspeita de que houve um direcionamento na seleção de uma candidata, fundamentado em interpretações questionáveis do edital.
As indagações do MPF concentram-se na possibilidade de que a comissão avaliadora tenha indevidamente flexibilizado os critérios, aceitando títulos em “áreas correlatas” à Odontologia sem respaldo nas normas do concurso. O objetivo da investigação é esclarecer se houve manipulação no julgamento de méritos ou um desvio de finalidade no processo seletivo.
Para dar andamento ao processo, o MPF notificou as denunciantes e solicitou explicações à Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD) da UFBA. A universidade terá um prazo de 30 dias para justificar a aceitação dos títulos da candidata, apresentar os fundamentos jurídicos que embasaram essa aceitação e esclarecer se houve aprovação de interpretações ampliativas do edital. A CPPD também deve fornecer cópias de pareceres técnicos ou atas de reunião pertinentes.
Em resposta ao inquérito, a UFBA declarou estar ciente do procedimento e se comprometeu a colaborar com a investigação do MPF. A universidade reiterou que está empenhada em fornecer as informações necessárias e que esses processos são componentes normais da gestão pública.
A UFBA acredita que as demandas do MPF não apenas contribuem para o aprimoramento dos processos, mas também para a transparência e segurança da governança institucional.
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