‘Não esperem milagres’, diz a Rússia à véspera de mais uma rodada de negociações com a Ucrânia

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Em meio a crescentes tensões, a Turquia se prepara para acolher pela terceira vez em 2025 novas negociações entre Rússia e Ucrânia. O cenário atual é marcado por uma ofensiva russa que, apesar de não ter gerado grandes mudanças territoriais nos últimos meses, tem causado estragos significativos à capacidade defensiva ucraniana. Drones, mísseis balísticos e de cruzeiro têm sido armas-chave que desafiam a resistência ucraniana, levando o presidente Volodymyr Zelensky a reconhecer a urgência de buscar uma solução diplomática.

Cidades como Kharkiv e Kryvy Rih testemunham destruições que não passaram despercebidas, levando até o ex-presidente Donald Trump a intensificar sua pressão econômica sobre a Rússia. Sua ameaça de impor tarifas de 100% sobre produtos russos, após 50 dias sem progresso nas negociações, revela um desespero que se esvazia frente ao colapso de 90% nas trocas comerciais entre os países desde 2022.

A longa história da Rússia em lidar com sanções, herança da era soviética, torna a pressão internacional mais um capítulo em um conflito que parece não ter fim. Enquanto Moscou se prepara para mais um diálogo em solo turco, o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, não hesita em alertar: “não esperem milagres”. Para a Rússia, as atuais conquistas territoriais estão longe de serem negociáveis.

Dividido entre esperanças e realidades duras, Zelensky se vê em uma encruzilhada, onde o desejo inicial de retomar 20% de seu território se transforma agora em uma luta para não perder mais. A guerra, que se arrasta para seu quarto ano, adianta a necessidade de recriar um novo status quo, onde a diplomacia, mesmo em conversas infrutíferas, pode reacender possibilidades.

Se os diálogos em Ankara não resultarem em soluções concretas, mesmo assim, servirão como um lembrete de que o entendimento entre nações em conflito é uma necessidade a ser explorada. A esperança não deve se restringir à fé em milagres, mas sim à busca por resoluções que possam finalmente transformar realidades geopolíticas tão complexas.

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