No vibrante cortejo do Dois de Julho em Salvador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cravou seu posicionamento político ao erguer uma placa em defesa dos professores da rede municipal em greve, com a mensagem: “Prefeito, nos devolva o plano e pague o piso”. Esse ato não apenas ressoou no presente, mas também lançou um olhar para o futuro, aquecendo o clima de pré-campanha para 2026 e ampliando a tensão política na capital baiana.
Com seu gesto, Lula demonstrou apoio às reivindicações dos educadores, que há mais de dois meses demandam da prefeitura o cumprimento do piso salarial nacional e a devolução do antigo plano de carreira, que foi modificado pela atual gestão de Bruno Reis (União Brasil). Essa crítica direta ao prefeito acentuou ainda mais o embate em um dos maiores colégios eleitorais da Bahia.
Recentemente, a tensão entre a prefeitura e os professores se intensificou, culminando em um episódio tumultuado na Câmara Municipal. Um grupo de educadores invadiu o plenário durante uma sessão, resultando em agressões a vereadores da base governista e na detenção do líder sindical Bruno Carianha, acusado de lesão corporal e incitação ao crime. Esse protesto resultou na suspensão das atividades legislativas e apenas aprofundou a crise entre o Executivo municipal e os educadores.
O gesto de Lula ganha uma dimensão ainda mais significativa por acontecer em um dia tão emblemático quanto o Dois de Julho, que celebra a independência e, tradicionalmente, serve como um palanque político para líderes de diversas esferas. Nesse cenário, é palpável a luta dos professores e a busca de seus direitos, que reverberam no coração da luta cívica da Bahia.
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