SALVADOR
Luta contra Aedes aegypti ganhou um novo reforço

O mosquito Aedes aegypti –
A batalha contra o Aedes aegypti em Salvador tomou um novo rumo, com a implementação de tecnologia inovadora pela prefeitura. Na última terça-feira, foi lançada a iniciativa das Estações de Disseminação de Larvicida (EDL), criada para interromper o ciclo reprodutivo do vetor que transmite doenças como dengue, chikungunya e zika vírus.
Ainda em sua fase inicial, ovitrampas — armadilhas que capturam ovos do mosquito — foram instaladas para monitorar a infestação nos bairros durante três meses. Ao mesmo tempo, estarão sendo capturados mosquitos adultos por aspiração em 3 mil imóveis cadastrados, com a colaboração dos moradores. Esta ação é fundamental para o controle eficaz das arboviroses, enquanto aguarda-se a disponibilização de uma vacina amplamente acessível.
Os números falam por si: de janeiro a junho deste ano, os casos de dengue em Salvador caíram impressionantes 84%, passando de 1392 em 2024 para apenas 219. A chikungunya e o zika vírus também registraram quedas significativas, com 21 e 15 casos, respectivamente. Esses resultados refletem não apenas a eficácia das ações locais, mas também um padrão positivo observado no estado da Bahia e em todo o Brasil.
As primeiras EDLs serão implementadas em outubro no Bairro da Paz, uma área com histórico elevado de casos, e após seis meses, o Centro de Controle de Zoonoses de Salvador (CCZ) avaliará a necessidade de expandir a iniciativa para outras regiões.
Como funcionam as EDLs? Elas utilizam recipientes com larvicida e água onde, ao pousarem para pôr ovos, os mosquitos se contaminam. Isso interrompe o ciclo reprodutivo, uma abordagem sustentável que já demonstrou eficácia em testes realizados em outras cidades do Brasil.
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