A onda de calor que atinge a Europa coloca Paris em estado de alerta. Com temperaturas escaldantes, a cidade, em seu primeiro alerta vermelho em cinco anos, teve mais de 1.300 escolas fechadas na França, além de colégios nos Países Baixos, como os de Roterdã, que encerraram as aulas ao meio-dia em uma terça-feira que prometia temperaturas acima de 40°C.
Cientistas têm dado sinais de alerta sobre o impacto da mudança climática em fenômenos extremos como este. O mês de junho na Espanha bateu recordes, com uma temperatura média de 23,6°C, superando os valores habituais de julho e agosto. Em Portugal, um calor impressionante de 46,6°C foi registrado, intensificando a necessidade de medidas urgentes para proteger os mais vulneráveis.
Raphael, um parisiense de 27 anos, expressa a frustração sentida por muitos: “Temos ar condicionado, mas não é muito potente. Hoje vai ser um desafio”. O fechamento do último andar da Torre Eiffel é uma das medidas idênticas adotadas para lidar com esse calor extremo. Em outras partes da Europa, como a Alemanha, a prática de fechar escolas devido ao calor intenso é uma tradição que remonta ao século XIX.
Samantha Burgess, climatologista do observatório europeu Copernicus, alerta: “Este evento é incomum, ocorre no início do verão, e a mudança climática certamente o piorou”. Há uma preocupação crescente em relação às ondas de calor, lembranças trágicas de episódios anteriores que resultaram em milhares de mortes, principalmente entre os grupos mais vulneráveis. Jo, uma mulher em situação de rua em Bordeaux, reflete sobre a falta de opções, perguntando: “Quando está quente assim, o que posso fazer? Nada, apenas esperar.”
Em resposta ao calor, Amsterdã aumentou as medidas de proteção para os sem-teto, enquanto cidades espanholas, como Barcelona, distribuíram água e informações sobre cuidados durante as altas temperaturas. Além das preocupações com a saúde pública, o risco de incêndios florestais também é alarmante: o Mar Mediterrâneo atingiu a temperatura de superfície mais alta para junho, e várias regiões enfrentam alertas rigorosos. Os ventos fortes na Turquia dificultaram ainda mais a luta contra os incêndios, resultando na evacuação de mais de 50.000 pessoas.
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