Passaporte de “Mecenas do Golfe” é retido por dívida trabalhista

Publicado:

Wagner Martins, conhecido como o “Mecenas do Golfe” por seus investimentos de cerca de R$ 5 milhões anuais em torneios do esporte, agora se encontra em uma situação delicada. O empresário, à frente da tradicional empresa de segurança Embrase, teve seu passaporte retido devido a uma dívida trabalhista de R$ 41 mil.

Sua vida glamourosa, recheada de fotos ao lado de celebridades como o narrador Galvão Bueno e marcada pelo luxo – incluindo uma Ferrari e festas extravagantes – não convenceu a Justiça. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu manter a retenção do passaporte, especialmente após Wagner alegar estar em “insolvência”, uma condição onde não se consegue cumprir obrigações financeiras.

A condenação data de 2018, e desde então, as tentativas de localizar bens para quitar a dívida não apresentaram resultado — levantando suspeitas de blindagem patrimonial. O vigilante credor, sem sucesso nas cobranças, tomou uma atitude inusitada: solicitou a apreensão do passaporte e da carteira de habilitação de Martins.

Levantando ainda mais indícios de propriedades ocultas, o vigilante anexou ao processo notícias de torneios de golfe organizados pelo ex-patrão. O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região acatou o pedido, gerando uma reação de Martins que, por meio de um habeas corpus, argumentou que essa retenção prejudicava seu direito de ir e vir, alegando que precisava viajar para visitar sua filha que mora e estuda nos Estados Unidos.

O ministro relator Vieira de Melo Filho reconheceu a relevância do habeas corpus, mas decidiu manter a apreensão do passaporte. Para ele, era necessário considerar o direito do credor, e as medidas de cobrança poderiam incluir ações não convencionais, desde que não se esgotasse as vias usuais de recuperação. Ele destacou que o estilo de vida ostentatório de Martins reforçava as suspeitas de ocultação de patrimônio.

O relator concluiu que a retenção do passaporte era proporcional e adequada para assegurar o pagamento da dívida trabalhista, afirmando que isso não configura uma arbitrária restrição à liberdade de locomoção do empresário. A decisão do tribunal foi unânime.

Tentativas de contato com Wagner Martins para mais esclarecimentos não foram bem-sucedidas, mas o espaço permanece aberto para futuras manifestações.

E você, o que pensa sobre a retenção do passaporte como medida de cobrança? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião!

Comentários Facebook

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Operação Força Total avança no combate ao crime e fortalece segurança em comunidades da Bahia

A Polícia Militar da Bahia (PMBA) acaba de concluir mais uma poderosa edição da Operação Força Total, que se destacou por suas ações...

Governo dos EUA manda suspender vistos de Moraes, familiares e aliados do STF

Em uma ação ousada, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou a suspensão dos vistos do ministro do Supremo Tribunal...

STF se reúne e analisa decisão de Moraes sobre Bolsonaro

No coração da mais alta corte do Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) chamou a atenção para um momento crucial. Nesta sexta-feira (18),...