PM réu pelo 8/1 denuncia violação em celular, e Moraes questiona PGR

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A história dos celulares de policiais militares do Distrito Federal, que perderam seus aparelhos durante a investigação dos atos de 8 de janeiro de 2023, continua a surpreender. A Procuradoria-Geral da República (PGR) revelou que encontrou os dispositivos anteriormente “desaparecidos”. No entanto, a defesa do coronel Paulo José, um dos réus do caso, levantou preocupações sérias. Ao tentar recuperar seu celular, constatou que o envelope de custódia apresentava uma violação na parte inferior, embora o lacre superior estivesse intacto.

“O envelope estava violado na base, sem qualquer registro formal de abertura ou rompimento autorizado”, alega a defesa ao Supremo Tribunal Federal (STF). Diante dessa constatação, os advogados de Paulo José destacaram que a falta de integridade do envelope torna impossível confirmar se o aparelho é, de fato, o mesmo apreendido pela Polícia Federal.

No decorrer da investigação sobre os atos antidemocráticos, tanto o tenente Rafael Martins quanto o coronel Paulo José tiveram pertences apreendidos. Ao recuperar os itens devolvidos pela Polícia Federal, perceberam que faltavam celulares e laptops. Embora os aparelhos tenham sido encontrados pela PGR, a violação no envelope levanta questões sobre sua autenticidade.

Perante essa situação, Alexandre de Moraes, o ministro relator do processo no STF, exigiu uma manifestação da PGR em um prazo de cinco dias. A expectativa agora se volta para o julgamento agendado para o período de 8 a 18 de agosto, quando o STF deliberará sobre a suposta omissão dos PMs durante os eventos de 8 de janeiro.

Os réus incluem figuras proeminentes da Polícia Militar do DF, como o coronel Fábio Augusto Vieira – então comandante geral, e o coronel Klepter Rosa Gonçalves – subcomandante na data dos eventos, que foi nomeado para o cargo de comandante em fevereiro seguinte. Outros oficiais de destaque, como o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto e o coronel Paulo José, também enfrentam acusações.

A entrar em um plenário virtual, o STF possibilita que o relator insira seu voto no sistema e após isso, os demais ministros poderão manifestar suas opiniões, gerando uma expectativa pelo veredito que poderá sair tanto no dia de abertura do julgamento como nos dias subsequentes.

Esse caso levanta não só questões jurídicas, mas também um debate amplo sobre a responsabilização no âmbito das forças de segurança. O que você acha sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários e participe dessa discussão!

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