A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) intensificou suas investidas contra o crime organizado, adotando estratégias inovadoras para enfraquecer suas operações econômicas. Em uma conversa reveladora, o secretário Felipe Curi destacou como o foco da polícia vai além da prisão de líderes de facções: o verdadeiro objetivo é desmantelar a infraestrutura financeira que sustenta a violência nas comunidades.
Curi enfatizou a abordagem ampla da polícia, que abarca desde o combate a roubos de celulares até a desarticulação de milícias. “Não se trata apenas de capturar traficantes, mas sim de descapitalizar a organização criminosa”, declarou. Esta visão estratégica representa uma mudança significativa na forma como a segurança pública é abordada no estado.
Entre as ações em andamento, a Operação Rastreio tem se destacado ao atacar o roubo de celulares, um crime que afeta brutalmente os cidadãos e expõe suas informações pessoais. Desde o seu início em maio, a operação vem apresentando resultados promissores, com a prisão de 102 receptadores e a recuperação de mais de 1.400 aparelhos, refletindo um declínio nos índices de criminalidade.
Outro foco importante é o furto e a receptação de cabos de cobre, responsáveis por prejuízos na ordem de milhões. Com a Operação Caminhos do Cobre, a polícia conseguiu desmantelar esquemas bilionários, resultando na apreensão de grandes quantidades de material furtado e no bloqueio de mais de R$ 200 milhões, atingindo diretamente as quadrilhas.
No quesito roubo de cargas e veículos, a Operação Torniquete, iniciada em setembro de 2024, já prendeu mais de 540 indivíduos e reduziu os índices de roubo a níveis inéditos desde 1992. Curi reafirma que, sem os receptadores, o valor do roubo diminui significativamente.
Desafios e Investimentos
As violentas disputas entre facções como o Comando Vermelho e PCC permanecem como um dos principais desafios na segurança pública. Para enfrentar essa situação, a Operação Contenção foi lançada, resultando em apreensões e bloqueios de bens valiosos.
Um exemplo notável da eficácia das ações policiais foi um golpe financeiro de R$ 6 bilhões que impactou diretamente essas facções, demonstrando a capacidade da polícia de afetar o cerne econômico do crime organizado.
Para potencializar suas investigações, a Polícia Civil investiu mais de R$ 50 milhões em tecnologia avançada, incluindo softwares de reconhecimento facial e análise de dados. Novas delegacias especializadas estão sendo criadas para agilizar o compartilhamento de informações e a resposta ao crime em todo o estado.
Curi admite que controlar os índices de criminalidade é um desafio contínuo, mas afirma que os esforços têm gerado impactos diretos nas facções. O caminho para um Rio mais seguro começa a ser trilhado, e a participação da população é crucial. Compartilhe suas opiniões e ideias, e faça parte dessa transformação!
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