SAÚDE
Substância liberada apenas para aplicações médicas
Por Redação
13/07/2025 – 19:16 h

PMMA é frequentemente utilizado em procedimentos como preenchimento labial –
O uso do PMMA (polimetilmetacrilato) para fins estéticos permanece proibido no Brasil. Após uma meticulosa reavaliação de segurança, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reafirmou que essa substância só é aprovada para contextos médicos, voltados a tratar condições específicas de saúde.
As aplicações autorizadas incluem a correção de defeitos na pele e o aumento de volume facial e corporal por razões de saúde, sempre sob prescrição médica. A Anvisa pontua: “Não há indicação para aumento de volume meramente estético”. No entanto, ainda há clínicas que desafiam essa regulamentação, oferecendo o PMMA para fins estéticos.
Diversas notificações sobre o uso impróprio do PMMA têm sido analisadas pela Anvisa. Segundo o órgão, houve casos de aplicações em volume excessivo, especialmente na região glútea, onde o limite autorizado é de 60 mL, superiores ao recomendado pelos fabricantes.
Outro aspecto alarmante é a provável subnotificação de complicações relacionadas ao uso estético de PMMA. A Anvisa destaca a necessidade de que os conselhos profissionais atuem para prevenir tais práticas, que representam risco à saúde pública.
Criado a partir de preocupações do CFM
A revisão da Anvisa foi motivada por um pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM), que solicitou a suspensão da produção e venda de preenchedores à base de PMMA. Apesar da solicitação, a Anvisa não encontrou justificativas para adotar novas restrições além das já estabelecidas.
O PMMA é um plástico em gel, não absorvível pelo organismo, e seu emprego fora de contexto médico pode acarretar graves riscos à saúde, como alertado por especialistas e associações médicas.
Entidades médicas em alerta
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) manifestou oposição ao uso estético da substância, evidenciando riscos como edemas, inflamações e reações alérgicas. Já a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) declarou que o uso do PMMA fora de um contexto médico pode resultar em sérias complicações, incluindo necroses e risco de cegueira.
Produtos autorizados e manipulação proibida
Atualmente, apenas dois produtos à base de PMMA são registrados pela Anvisa no Brasil: o LINNEA SAFE e o BIOSSIMETRIC. Além disso, a Anvisa reitera que é proibida a manipulação de qualquer substância baseada em PMMA em farmácias, incluindo preenchedores e bioestimuladores.
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