Prefeitura realiza obras no Palácio da Sé em meio a preparativos para mudança da sede do Executivo municipal

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A Prefeitura de Salvador está em plena transformação no Palácio da Sé, um ícone situado no Centro Histórico da cidade. Essas obras de manutenção e melhorias preparam o edifício histórico para se tornar a nova sede do Executivo municipal, substituindo o antigo Palácio Thomé de Souza na Praça Municipal. Embora a mudança ainda não tenha sido anunciada oficialmente, as intervenções são claras e apontam para uma nova era administrativa.

Após a decisão judicial que determina a remoção da estrutura metálica provisória projetada pelo renomado arquiteto João Filgueiras Lima, a administração municipal tem dado atenção especial ao Palácio da Sé. As obras, sob a supervisão da Secretaria de Manutenção (Seman), incluem uma ampla gama de intervenções: nova pintura, restauro da fachada, reforço estrutural, instalação de novos sistemas elétricos e sanitários, além de melhorias em esquadrias.

Por trás dessas mudanças, há desafios a serem superados. A Prefeitura enfrenta entraves com a Arquidiocese de São Salvador, especialmente no que diz respeito à desocupação da área e ao manuseio do acervo histórico que ali reside. Esse acervo, que inclui 33 peças do século XVIII e XIX, está sob a proteção do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), exigindo um projeto detalhado para garantir a preservação do patrimônio.

O objetivo é concluir todos os serviços até dezembro deste ano, embora a migração oficial de sede esteja programada apenas para o primeiro semestre do próximo ano. Recentemente, a movimentação para revitalizar o Palácio da Sé tomou força com a aprovação de um projeto pelo Ministério da Cultura, que além de revitalizar a estrutura, busca captar doações e patrocínios para financiar as obras.

Enquanto isso, o futuro do Palácio Thomé de Souza também está em discussão, com propostas que vão desde a transformação em uma galeria de arte até a doação do espaço para a Universidade Federal da Bahia. Outra proposta em análise inclui a criação de um parque-biblioteca, inspirando-se em modelos internacionais e reaproveitando a estrutura do edifício. A área do subsolo, atualmente usada como estacionamento, poderá se converter em um novo Centro de Convenções, atendendo até 4 mil pessoas.

Essas transformações são mais do que simples reformas; elas representam uma reinvenção do espaço urbano e cultural de Salvador. O que você acha dessas mudanças planejadas? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião sobre o futuro do nosso patrimônio!

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