Os professores da rede municipal de Lauro de Freitas, situada na Região Metropolitana de Salvador, entraram em greve por tempo indeterminado. O movimento, que começou há três dias, vem se expandindo com a adesão de mais escolas. O principal motivo, segundo o sindicato da categoria, é a falta de acordo com a gestão da prefeita Débora Regis (União) a respeito do reajuste salarial.
Em busca de respostas, o Bahia Notícias conversou com Valdir Silva, presidente do Asprolf (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal). Ele relata que a greve foi iniciada em maio, mas que o sindicato tentou, sem sucesso, negociar com o governo. A última reunião ocorreu em 12 de junho, onde foi apresentado um percentual de apenas 2% em dois meses, enquanto o MEC atualizou a demanda para 6,27%.
O sindicato apresentou essa proposta a seus membros, que a rejeitaram e solicitaram uma contraproposta. Um ofício foi protocolado e uma nova reunião foi marcada para 3 de julho. Contudo, durante essa negociação, Valdir ficou surpreso ao perceber que a prefeitura não tinha conhecimento do ofício ou da contraproposta, evidenciando uma falha na comunicação da administração municipal.
Valdir critica a postura da prefeitura, afirmando que a gestão não demonstra seriedade na política de educação. Para ele, o descaso se reflete na falta de resposta e na ausência da prefeita nas mesas de negociação. A prefeitura, por sua vez, declarou que mantém um “diálogo permanente” com os educadores e se compromete com a transparência e valorização dos servidores.
Enquanto a prefeitura argumenta que oferece remunerações acima do piso nacional para professores com carga horária de 40 horas semanais, o presidente do sindicato reitera que a falta de pagamento de retroativos e outros problemas históricos, como processos não resolvidos desde 2010, são razões suficientes para a paralisação. Ele conclui que a greve é resultado de uma negociação encerrada sem respostas adequadas.
Esse cenário evidencia a necessidade urgente de um diálogo efetivo entre os profissionais da educação e a gestão municipal. Você acredita que a greve pode trazer resultados positivos para a categoria? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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