Quatro desembargadores do TJ-MA são denunciados pelo MPF por corrupção ‘relâmpago’

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O cenário jurídico do Maranhão está em ebulição após a denúncia do Ministério Público Federal que envolve *quatro desembargadores* e *dois juízes* do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA). As acusações são parte da Operação 18 Minutos, que revelou um esquema de corrupção voltado para a liberação rápida de alvarás. O desvio de cerca de R$ 50 milhões é um impacto significativo para a sociedade.

Os desembargadores *Antonio Pacheco Guerreiro Júnior, Luiz Gonzaga Almeida Filho, Marcelino Everton Chaves e Nelma Celeste Sousa Silva Sarney Costa* – esta última cunhada do ex-presidente José Sarney – juntamente com os juízes *Alice de Souza Rocha* e *Cristiano Simas de Souza*, estariam operando um conluio com políticos, advogados e servidores públicos, vendendo sentenças em troca de dinheiro ilícito. Treze advogados, três ex-assessores do Tribunal, um ex-deputado federal e o prefeito *Fred Campos* de Paço do Lumiar também estão entre os 29 acusados na investigação.

Diversas movimentações de saques de alvarás, somando *R$ 14 milhões*, foram identificadas em processos que levantam suspeitas de fraude. As investigações revelaram diálogos comprometedores entre juízes e advogados, consolidando a hipótese de uma organização criminosa atuando no TJ-MA por uma década. O grupo responsável pela fraude teria desviado pelo menos R$ 54,7 milhões em propinas, utilizando o Banco do Nordeste como alvo principal.

A Procuradoria entrou com um pedido no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para a perda dos cargos dos três desembargadores e dos dois juízes, além da cassação da aposentadoria de um quarto desembargador. As acusações incluem *corrupção passiva*, *lavagem de dinheiro* e *organização criminosa*.

A investigação teve início em 14 de agosto de 2024, sob a direção do ministro *João Otávio de Noronha*, e recebeu o nome de Operação 18 Minutos devido ao intervalo de tempo entre uma decisão judicial e o saque de *R$ 14,1 milhões*. Um segundo saque, de *R$ 3,4 milhões*, também foi registrado e levanta ainda mais suspeitas sobre a gravidade do caso.

Como você vê essa situação? Deixe suas impressões e comentários abaixo e participe dessa conversa a respeito do combate à corrupção no sistema judicial!

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