“Rainha do Pó” é condenada mais uma vez mesmo após anulação de provas

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Karine de Oliveira Campos, a infame “Rainha do Pó”, enfrentou mais um revés judicial, sendo condenada pela Justiça Federal de Santos, mesmo depois que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou algumas provas contra ela. A decisão reafirma seu envolvimento em um esquema de tráfico internacional de drogas, onde é acusada de ter se estabelecido como a maior exportadora de cocaína pelo Porto de Santos.

O juiz Roberto Lemos dos Santos Filho impôs à traficante uma pena de 4 anos e 8 meses de reclusão, em regime semiaberto, e uma multa fixa que corresponderá a 1.088 dias-multa, calculada de acordo com o salário mínimo vigente à época dos crimes. A condenação se baseou na associação com várias pessoas para tráfico de drogas, sendo que a natureza transnacional do crime agravou a situação.

Curiosamente, Karine foi absolvida de outros crimes de tráfico na mesma decisão, devido a uma resolução anterior do TRF-3 que a livrou de condenações pelos mesmos atos. O juiz ficou claro ao afirmar que a nova condenação, à luz do princípio da não duplicidade penal, era inviável.

Apesar da absolvição em alguns aspectos, outras quatro pessoas ligadas ao esquema também receberam pena. Antes desta condenação, um mandado de prisão contra Karine havia sido revogado pelo ministro Ribeiro Dantas, do STJ, que considerou a busca e apreensão realizada na Operação Alba Vírus irregular, resultando em uma anulação das provas obtidas.

Após a decisão do STJ, a defesa de Karine tentou ir além, buscando a anulação de ainda mais provas e alegando que a irregularidade da busca impactaria todas as informações coletadas posteriormente. Contudo, o juiz destacou que, desde agosto de 2019, nenhum novo elemento de prova foi anexado aos autos, e os documentos apresentados pela defesa não comprovavam novas evidências substanciais.

Karine Campos é uma figura emblemática no mundo do crime ao longo da última década. Desde 2011, quando surgiu como alvo da Operação Maia na Bahia, sua trajetória criminal se desenrolou em várias investigações, como a Operação Twister em 2014 e a mais recente Operação Alba Branca em 2019. A Polícia Federal apurou que seu grupo criminoso foi responsável pela exportação de mais de 6 toneladas de cocaína para a Europa, gerando quase R$ 1 bilhão em lucros.

Esse caso continua a ser um exemplo alarmante da complexidade do crime organizado e dos desafios enfrentados pelas autoridades para desmantelar tais organizações. O que você pensa sobre as implicações dessa decisão judicial? Comente abaixo!

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