Imagine um Brasil onde todos têm acesso a água potável e esgoto devidamente tratado. Esse sonho já é uma realidade em alguns municípios, conforme revela a 17ª edição do Ranking do Saneamento, desenvolvido pelo Instituto Trata Brasil (ITB) em parceria com a GO Associados. O estudo analisa os 100 maiores municípios do país e destaca aqueles que se destacam em tratamento de água e esgoto.
Neste ano, Campinas (SP) conquistou o primeiro lugar, seguida de perto por Limeira (SP) e Niterói (RJ). Em um total de 20 cidades premiadas, São Paulo lidera com nove representantes, enquanto o Paraná contribui com cinco, Minas Gerais com três, Goiás com duas e o Rio de Janeiro com uma.
Os 20 melhores municípios são:
| Ranking 2025 | Cidade | UF |
|---|---|---|
| 1 | Campinas | SP |
| 2 | Limeira | SP |
| 3 | Niterói | RJ |
| 4 | São José do Rio Preto | SP |
| 5 | Franca | SP |
| 6 | Aparecida de Goiânia | GO |
| 7 | Goiânia | GO |
| 8 | Santos | SP |
| 9 | Uberaba | MG |
| 10 | Foz do Iguaçu | PR |
| 11 | Uberlândia | MG |
| 12 | Jundiaí | SP |
| 13 | Ponta Grossa | PR |
| 14 | Maringá | PR |
| 15 | São Paulo | SP |
| 16 | Montes Claros | MG |
| 17 | Taubaté | SP |
| 18 | Curitiba | PR |
| 19 | Londrina | PR |
| 20 | Praia Grande | SP |
A análise é baseada em três dimensões cruciais: o nível de atendimento à população, a melhoria no saneamento e a eficiência dos serviços. Indicadores como o abastecimento de água, o esgotamento sanitário e o tratamento de esgoto são fundamentais para essa avaliação, que representa mais de 80% da nota total.
Um destaque especial vai para Campinas, que subiu da 24ª para a primeira posição em apenas dois anos. Esse avanço notável deve-se ao Plano Campinas 2030, um investimento audacioso de mais de R$ 1,1 bilhão. O plano foca em quatro eixos: ampliação da capacidade de reservação, redução de perdas na distribuição, produção de água de reúso e novas fontes de captação.
Os frutos desse planejamento refletem-se em indicadores superiores, com a cidade alcançando a nota máxima em quase todos os quesitos:
- Abastecimento de água para 99,69% da população;
- Coleta de esgoto para 95,89%;
- Tratamento de esgoto em 83,94%;
- Índice de perdas na distribuição de 19,67%;
- Investimento médio per capita de R$ 166,70.
Com esses resultados, Campinas antecipou em uma década as metas de universalização do saneamento previstas pelo Marco Legal do Saneamento, que estabelece 99% de cobertura de água e 90% de coleta e tratamento de esgoto até 2033.
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