Em um contexto de crescente tensão, Marco Rubio, secretário de Estado americano, revelou que Serguei Lavrov, seu homólogo russo, apresentou uma “nova ideia” sobre a Ucrânia durante um encontro em Kuala Lumpur, na Malásia. Este diálogo ocorreu apenas horas após um ataque maciço que resultou na morte de duas pessoas em Kiev. Os ataques russos, intensificados nas últimas semanas, resultaram em um novo recorde de vítimas civis: 232 mortos e 1.343 feridos no mês de junho, conforme informações da ONU.
Rubio, embora tenha destacado a proposta de Lavrov, destacou que não se tratava de uma “nova abordagem” que garantiria a paz de imediato, mas uma potencial porta de entrada para discussões mais construtivas. Em suas declarações, expressou também a frustração de Donald Trump pela falta de progresso nas negociações para encerrar a invasão russa que começou em fevereiro de 2022. Ao mesmo tempo, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou que os Estados Unidos se comprometeram a enviar mais armamentos a Kiev.
Em resposta à escalada das hostilidades, o presidente francês, Emmanuel Macron, destacou o crescimento da força expedicionária franco-britânica, que poderá ser reforçada com até 50.000 soldados, uma estratégia projetada para facilitar um cessar-fogo na região. Por outro lado, a Rússia se opôs à mobilização de tropas desse tipo.
Zelensky, em uma videoconferência com líderes de 30 países, enfatizou a necessidade urgente de mais apoio militar para interceptar drones e mísseis russos. “Não podemos nos permitir hesitar. Precisamos de mais suprimentos de defesa aérea”, afirmou. Enquanto isso, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, anunciou um compromisso financeiro significativo de 10 bilhões de euros para atuar no apoio à Ucrânia e à sua reconstrução.
Apesar de duas rodadas anteriores de negociações entre Rússia e Ucrânia, as esperanças de um cessar-fogo ainda parecem distantes. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, negou que as tratativas estejam em um impasse, mas reiterou que Moscou aguarda “sinais de Kiev” antes de prosseguir com o diálogo. As condições impostas pela Rússia, incluindo a renúncia da Ucrânia a sua candidatura à OTAN, permanecem inaceitáveis para Kiev.
A situação continua a se deteriorar, com cada lado se preparando para manter sua posição. A pressão das sanções contra Moscou e a urgência na resposta ocidental parecem ser os últimos recursos em um cenário cada vez mais complexo e volátil.
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