Recentemente, durante uma coletiva, o deputado estadual e ex-jogador Marcone Amaral (PSD) abordou os rumores sobre a transformação do Vitória em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Ele negou qualquer contato recente com o presidente Fábio Mota, esclarecendo que as negociações estão sendo conduzidas por meio de um grupo independente e institucional.
“Não há troca de mensagens entre mim e Fábio Mota sobre a SAF. O que existe é um movimento institucional, através do grupo Vitória SAF, buscando viabilizar uma reunião em agosto”, explicou Amaral, rebatendo especulações que circulam entre setoristas do clube.
Com uma forte conexão com a família real Al-Thani, no Catar, Marcone expressou sua disposição em dialogar com a atual gestão, mas sem intenção de interferência política. “Meu foco é contribuir de forma transparente para o fortalecimento do clube”, ressaltou.
“Estou à disposição do Vitória e da torcida. Informações sobre nossas conversas com investidores árabes devem ser confirmadas diretamente comigo, com responsabilidade”, enfatizou.
Marcone garantiu estar otimista quanto às negociações, evidenciando a importância de tornar o Vitória mais competitivo e ambicioso. “Há grandes chances desse projeto sair do papel”, afirmou, destacando suas experiências no futebol internacional e nas relações diplomáticas.
Enquanto isso, o clube continua discutindo internamente o modelo SAF a ser implementado. Uma proposta considera a criação de uma SAF gerencial, onde o departamento de futebol seria transformado em uma empresa, mantendo 100% das ações sob controle da associação.
No entanto, o Movimento Vitória SAF (MVSAF) manifestou sua oposição a essa estrutura, alertando sobre os riscos de perpetuação no poder e a obstrução do processo de profissionalização do clube.
Segundo o movimento, a principal vantagem tributária da SAF – uma redução de impostos de aproximadamente 10,5% – só começará a valer em 2027. Por isso, realizar a transformação sem um investidor já definido não parece jurídico nem financeiramente viável.
O modelo proposto também enfrenta críticas sobre a acumulação de cargos, uma vez que o presidente da associação acumulada o cargo de CEO da SAF, podendo atingir altos salários.
Conforme o movimento, um modelo mal planejado pode afastar investidores sérios no futuro, o que tornaria o processo mais arriscado.
Essas discussões ocorrem em um contexto de mudanças estruturais significativas, como o projeto da Arena Barradão, que já possui contrato assinado. Os próximos passos para a SAF incluem definir o modelo de negócio, emitir parecer do Conselho Fiscal e aprovar o plano em assembleias.
Na última entrevista à ESPN, Fábio Mota reafirmou a intenção de transformar o Vitória em SAF até 2027, sem descartar a possibilidade de antecipar esse prazo caso um investidor se manifeste antes.
“O Vitória está avançando independentemente de ter ou não investidor. A transformação acontecerá até 2027 e pode ser antecipada se surgirem oportunidades”, garantiu.
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