Saiba qual é o tempo máximo de pena a que Bolsonaro pode ser condenado

Publicado:

A Procuradoria-Geral da República (PGR) requisitou a condenação do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) por cinco crimes associados a uma suposta trama golpista. A somatória das penas pode chegar a impressionantes 43 anos, caso o político seja sentenciado ao máximo em cada um dos delitos. O parecer final da ação penal foi submetido ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de segunda-feira (14/7).

Os crimes atribuídos a Bolsonaro, segundo a PGR, incluem:

  • Liderar organização criminosa: pena de 3 a 8 anos

    • Mais 4 anos pelo uso de arma de fogo (caso tenha condenação máxima)
    • Mais 5 anos por concurso de funcionário público (caso tenha condenação máxima)
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito: pena de 4 a 8 anos

  • Golpe de Estado: pena de 4 a 12 anos

  • Dano qualificado por violência e ameaça grave ao patrimônio: pena de 6 meses a 3 anos

  • Deteriorização de patrimônio tombado: pena de 1 a 3 anos

Bolsonaro como “Líder de Organização Criminosa”

A PGR classifica Bolsonaro como o “líder da organização criminosa” envolvida na trama golpista, pedindo sua condenação juntamente com outros sete réus. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, ressaltou que Bolsonaro foi o principal arquétipo da ruptura do Estado Democrático de Direito, utilizando seu cargo para implementar um esquema que atacou as instituições públicas.


Os réus incluídos no pedido da PGR são:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente: liderar organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, e outros delitos.
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin: organização criminosa armada e outros crimes relacionados.
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha: crimes variados, incluindo tentativa de golpe de Estado.
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça: envolvimento em organização criminosa armada e mais.
  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI: participações similares às acima mencionadas.
  • Mauro Cid, tenente-coronel do Exército: envolvimento em organização criminosa e crimes associados, com possibilidade de colaboração premiada.
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa: envolvimento em organização criminosa armada e outros crimes correlatos.
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil: participação em organização criminosa armada e mais delitos.

Gonet destacou que Bolsonaro, em aliança com membros do alto escalão e setores das Forças Armadas, mobilizou recursos estatais para disseminar informações falsas e promover a instabilidade social. Sua atuação teve como meta a continuidade ilegítima no poder, desafiando a legalidade constitucional e enfraquecendo as instâncias públicas, violando os princípios democráticos e a soberania popular.

“`

Comentários Facebook

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Homem que matou desafeto por causa de DVD quebrado é preso no DF

Em uma história que revela como pequenos desentendimentos podem ter consequências trágicas, um homem foi preso no Distrito Federal por um homicídio ocorrido...

Sete são presos em operação deflagrada pelo MP-BA e MP-ES

Na manhã de quarta-feira (16), uma operação conjunta entre os Ministérios Públicos da Bahia (MP-BA) e do Espírito Santo (MP-ES) resultou na prisão...

VÍDEO: Torcedores do Sport invadem CT e cobram jogadores: “Todo mundo aqui tem antecedente criminal”

Na tarde de quarta-feira, a tensão e o desespero tomaram conta do Centro de Treinamento do Sport Club do Recife. Integrantes de uma...