Em uma declaração contundente, o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, alertou que países como Brasil, China e Índia podem enfrentar tarifas de até 100% caso continuem a negociar com a Rússia e a adquirir petróleo e derivados. Essa pronunciação ocorreu após sua reunião com congressistas dos Estados Unidos, onde discutiram uma nova legislação visando penalizar economicamente nações que mantêm relações comerciais com Moscou no contexto da guerra na Ucrânia.
“Se você é o presidente da China, o primeiro-ministro da Índia ou o presidente do Brasil e continua a fazer negócios com os russos, saiba que eu aplicarei sanções secundárias de 100% se as negociações de paz não avançarem”, enfatizou Rutte, sublinhando a pressão que os aliados e economias emergentes devem enfrentar para se unirem ao bloqueio econômico estabelecido contra a Rússia desde a invasão da Ucrânia, em 2022.
Em um cenário alarmante, o Brasil importou, em 2024, US$ 5,4 bilhões em diesel russo, consolidando-se como um dos principais compradores mundiais desse combustível e atingindo um recorde em sua balança comercial. Neste contexto, a Casa Branca já havia anunciado que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pretende implementar tarifas extremamente severas contra a Rússia, com penalizações que podem incluir 100% sobre produtos russos e sanções para os países que adquirirem petróleo da nação invasora.
Além disso, os EUA revelaram que estão enviando novos sistemas de defesa aérea Patriot para a Ucrânia, com a Europa contribuindo para parte dos custos. A situação se torna cada vez mais crítica, e o futuro econômico dessas nações pode depender das decisões que tomarem nas próximas semanas.
O que você acha sobre as consequências econômicas dessa situação para o Brasil e para o cenário global? Compartilhe suas opiniões.
Comentários Facebook