A tragédia que vitimou Marília Mendonça e outras quatro pessoas em novembro de 2021 trouxe à tona questões delicadas, especialmente com relação à divisão do seguro do avião que caiu. Em um pronunciamento recente, a seguradora MAPFRE comentou pela primeira vez sobre a polêmica que envolve a repartição do valor entre as famílias das vítimas.
A empresa confirmou, em uma nota enviada ao site Splash, que cumpriu rigorosamente um acordo homologado judicialmente, alcançado em consenso entre as partes, fundamentado em critérios técnicos. No entanto, a MAPFRE optou por não revelar outros detalhes sobre a questão.
A mãe de Marília, Ruth Moreira, esclareceu em uma entrevista ao Fantástico que a decisão de destinar a maior parte do seguro à família da cantora foi tomada por um juiz. Segundo ela, essa determinação foi feita sem que houvesse diálogo com outras famílias envolvidas. “O advogado informou que o juiz entendeu que a maior parte deveria ser da Marília”, afirmou.
Entretanto, essa afirmação foi contestada por outras vozes afetadas pela tragédia. A mãe do filho de Henrique Ribeiro, conhecido como Henrique Bahia, apresentou um áudio em que detalha seu apelo a Dona Ruth pela divisão justa dos valores. “Implorei à Ruth pela divisão igualitária”, relatou, enfatizando a necessidade de uma abordagem mais equitativa.
A viúva do piloto da aeronave também expressou suas preocupações publicamente, clamando por uma divisão mais justa: “Queria que eles se sensibilizassem e devolvessem esse dinheiro, porque não é deles. Tinha que ser dividido em partes iguais: vidas iguais, perdas iguais”, declarou em uma entrevista ao ‘Domingo Espetacular’.
George Freitas, pai de Bahia, compartilhou que os representantes das outras vítimas sentiram-se pressionados a aceitar os termos para evitar que o caso fosse a julgamento, o que atrasaria ainda mais a entrega do seguro às famílias.
SOBRE O ACIDENTE
A morte de Marília Mendonça abalou o Brasil e teve impacto internacional. Com apenas 26 anos, a artista perdeu a vida em um trágico acidente de avião em 5 de novembro de 2021. O bimotor Beech Aircraft (modelo King Air C90A) decolou do aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, rumo a Caratinga, onde Marília se apresentaria naquela noite. A queda, que ocorreu na zona rural de Minas Gerais, resultou na morte de todos os cinco ocupantes da aeronave. De acordo com o laudo do IML, a causa da morte foi politraumatismo contuso, resultante da colisão com cabos de alta tensão da Cemig.
As vítimas foram:
- Marília Mendonça, cantora, 26 anos;
- Henrique “Bahia” Ribeiro, produtor musical, 32 anos;
- Abicieli Silveira Dias Filho, tio e assessor, 43 anos;
- Geraldo Martins de Medeiros Júnior, piloto, 56 anos;
- Tarciso Pessoa Viana, copiloto, 37 anos.
A situação continua gerando discussões intensas entre as famílias dos envolvidos. O que você pensa sobre a divisão do seguro? Deixe sua opinião nos comentários.
Comentários Facebook