O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrenta um desafio crítico: até as 21h13 de hoje, 22 de julho, sua defesa deve apresentar esclarecimentos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A notificação chegou em um momento tenso, com a possibilidade de prisão à espreita caso as explicações não sejam enviadas à tempo.
No despacho, Moraes enfatizou que a falta de resposta poderá resultar em prisão imediata, em conformidade com o código penal. Além disso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) também foi comunicada sobre os desdobramentos da situação.
Medidas cautelares impostas a Bolsonaro incluem:
- Uso de tornozeleira eletrônica;
- Recolhimento domiciliar noturno e integral nos fins de semana;
- Proibição de aproximação a embaixadas de outros países;
- Impedimento de contato com autoridades estrangeiras e outros envolvidos em investigações;
- Proibição de uso de redes sociais para comunicação.
Essas restrições surgiram após Bolsonaro aparecer perante a mídia na saída da Câmara dos Deputados, onde apenas apresentou publicamente sua tornozeleira eletrônica. Durante a coletiva, ele declarou: “Não roubei cofres públicos, não matei ninguém… isso é humilhação”. Suas palavras reverberaram nas redes, levantando preocupações de que ele violou as medidas judiciais, levando Moraes a incluir prints como provas.
“O que estão fazendo com um ex-presidente da República… Vamos enfrentar tudo e a todos”, disse, enquanto exibia o dispositivo.
Antes do anúncio das medidas cautelares, Bolsonaro cancelou uma entrevista marcada, temendo que sua transmissão pudesse infringir as regras impostas. O clima estava tenso não apenas por suas declarações, mas também pelo impacto das recentes operações da Polícia Federal, que tiveram o ex-presidente como principal alvo.
O encontro na Câmara, que reuniu um número significativo de deputados e senadores, teve como propósito discutir a reação a essas decisões judiciais. Para fortalecer a oposição, três comissões foram criadas. Uma delas se concentrará na comunicação, enquanto outra focará em ações internas no Congresso, e uma terceira se dedicará a dar voz ao ex-presidente fora das paredes da Câmara.
Em outra informação relevante, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, proibiu a realização de reuniões de comissões até 1º de agosto, criando um cenário de incerteza para os próximos dias.
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