Um novo capítulo na relação comercial entre Brasil e Estados Unidos se desenha com a imposição do tarifaço de 50% pelo governo de Donald Trump. Essa medida afeta drasticamente as exportações brasileiras, com 44,6% delas sendo excluídas, conforme revelado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). A lista apresenta aproximadamente 700 produtos que ficarão isentos do aumento, entre os quais se destacam itens como aviões, celulose, suco de laranja, petróleo e minério de ferro. Esses produtos continuarão a ser taxados em até 10%, conforme regulado em abril.
Os dados do Mdic indicam que as novas tarifas afetarão apenas 35,9% das exportações brasileiras. Adicionalmente, 19,5% das vendas estão sujeitas a tarifas específicas que Trump estabeleceu sob alegações de segurança nacional, aplicadas a itens como autopeças e automóveis, que já enfrentam uma taxa de 25% desde maio.
Além disso, produtos como aço, alumínio e cobre também pagam uma alíquota de 50%, mas estão incluídos nos 19,5% mencionados, uma vez que suas tarifas foram definidas com a mesma justificativa. O levantamento do Mdic aponta que 64,1% das exportações brasileiras ainda disputam igualdade de condições com produtos de outros países no mercado estadunidense, representando a soma dos itens excluídos do tarifaço e aqueles com tarifas específicas. Esse levantamento é preliminar e baseado nas exportações previstas para 2024.
Um detalhe importante é que produtos já em trânsito para os Estados Unidos não sofrerão as novas tarifas. A decisão recente do governo assegura que mercadorias embarcadas até sete dias após a ordem executiva não serão afetadas, conforme estabelecido em suas cláusulas.
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