ENTREVISTA – SANDRO MAGALHÃES
Diretor-geral da Fundação Pedro Calmon, detalha ações para fortalecer políticas de leitura, bibliotecas e memória na Bahia

Sandro Magalhães, diretor-geral da Fundação Pedro Calmon –
Na busca por democratizar o acesso à leitura e à memória na Bahia, a Fundação Pedro Calmon está em constante evolução. Em uma conversa reveladora, Sandro Magalhães, diretor-geral da instituição, compartilhou os desafios e conquistas que marcam a trajetória de 40 anos da fundação, incluindo o lançamento da REDE FPC, uma estratégia inovadora para conectar e fortalecer as ações culturais em todo o estado.
A REDE FPC é uma abordagem colaborativa que visa mapear agentes locais e atender as necessidades das bibliotecas, arquivos e mediadores de leitura. “Estamos construindo um panorama que permita fortalecer o direito à leitura e à cultura”, afirma Magalhães. Essa iniciativa promete não apenas unir esforços, mas servir de base para a construção de políticas públicas mais eficazes, alinhadas às demandas dos diferentes territórios da Bahia.
Para concretizar essa visão, a REDE FPC se divide em quatro programas estratégicos: Bahia Literária, Bibliorede Bahia, Conectar Arquivos e Nossas Memórias. Cada um deles desempenha um papel crucial na valorização da cultura e na promoção do acesso à informação. O Bahia Literária, por exemplo, estimula a leitura e dá destaque a escritores locais, enquanto o Bibliorede Bahia se dedica a fortalecer as bibliotecas públicas e comunitárias, um passo essencial para a formação de leitores.
E o compromisso com a leitura não fica restrito às bibliotecas. A fundação investiu R$ 24,3 milhões em festivais literários, um marco histórico que posiciona a Bahia como o estado que mais investe em literatura no Brasil. Essas iniciativas não apenas promovem a circulação de livros, mas também ajudam a consolidar espaços para o surgimento de novas vozes literárias.
Em sua missão de promover a memória da Bahia, a Fundação também é responsável pelo Arquivo Público do Estado, que conta com mais de 5 milhões de documentos. O processo de digitalização desses arquivos avança, garantindo que a rica história da Bahia seja acessível a todos. “Não almejamos digitalizar todo o acervo, mas priorizar os documentos mais requisitados”, explica Magalhães, enfatizando a importância de preservar o patrimônio histórico para as futuras gerações.
A Fundação Pedro Calmon não apenas olha para o presente, mas também tem planos ambiciosos para o futuro, preparando-se para celebrar quatro décadas de significativa contribuição cultural. Com ações contínuas e a REDE FPC como base, o diretor-geral acredita que estão sendo construídas as bases para uma Bahia mais leitora, diversa e culturalmente rica.
Como você enxerga o papel da leitura na transformação social? Compartilhe sua visão nos comentários e participe dessa conversa fundamental para o futuro da cultura na Bahia!
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