Tenista indiana é morta a tiros pelo próprio pai; crime chocou o país

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A Índia se viu abalada na última semana com a trágica morte da tenista Radhika Yadav, de apenas 25 anos, assassinada pelo próprio pai, Deepak Yadav, em Meerut, Uttar Pradesh. O crime, que expõe as complexas questões de pressão familiar e violência de gênero, provocou uma onda de indignação em todo o país.

De acordo com relatos da polícia, Deepak disparou cinco vezes contra sua filha enquanto ela preparava o café da manhã. Quatro dos tiros a atingiram pelas costas, e Radhika não sobreviveu aos ferimentos. Essa violência brutal reascendeu o debate sobre a opressão que muitos enfrentam em nome da “honra familiar”.

Radhika estava afastada das competições desde março de 2024 devido a uma lesão, e sonhava em abrir sua própria academia de tênis. Sua busca por independência foi interrompida de forma devastadora.

No depoimento, Deepak alegou que agiu por “vergonha”, relatando ter enfrentado críticas na comunidade por ter uma filha “sem sucesso financeiro” e “com liberdade demais”. Essa confissão provocou revolta nas redes sociais, onde muitos condenaram a sua atitude.

Ankit Patel, ex-treinador de Radhika, pintou um retrato de um relacionamento aparentemente próximo entre pai e filha, mas amigos, como Himaanshika Singh Rajput, revelaram uma realidade sombria. Em um vídeo emocional, Himaanshika destacou como Deepak impôs repressão emocional na vida de Radhika, tornando seus dias insuportáveis através de críticas e controle.

Com planos de abrir uma academia, Radhika buscava se libertar da influência familiar. A ex-tenista e atual chefe da polícia nacional, Kiran Bedi, lamentou o ocorrido, ressaltando os erros de pais que idolatrizam a carreira dos filhos sem fornecer o suporte necessário: “O esporte pede paciência e apoio, não uma pressão extrema,” destacou.

Atualmente preso, Deepak responderá por homicídio. O caso gerou protestos em várias cidades indianos e uniu vozes de atletas, ativistas e autoridades que clamam por um olhar mais atento a temas como violência doméstica e saúde mental, além da valorização do papel da família no desenvolvimento dos jovens atletas.

Radhika Yadav não foi apenas uma promissora tenista; sua história é um alerta sobre os perigos da obsessão pelo controle e pelo sucesso a qualquer custo. Que sua memória inspire reflexões profundas sobre o amor e a liberdade que cada um merece.

O que você acha que pode ser feito para combater a violência de gênero e a pressão familiar nas esportes? Compartilhe suas ideias e reflexões nos comentários!

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