Nesta sexta-feira (25/7), a Justiça Eleitoral de Minas Gerais acatou uma denúncia formalizada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE-MG) contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), além de outros dois parlamentares. Este processo pode resultar na perda de mandatos e na inelegibilidade dos envolvidos por um período de até oito anos.
Juntamente com Nikolas, foram denunciados o deputado estadual Bruno Engler (PL-MG), a deputada estadual Delegada Sheila (PL-MG) e Cláudia Araújo Romualdo, presidente do PL-Mulher em Minas Gerais e candidata a vice-prefeita na chapa de Engler para as eleições de 2024.
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Nikolas Ferreira argumenta que seus adversários tentam desgastá-lo com a denúncia
YouTube/Metrópoles
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Deputado de Minas Gerais Bruno Engler, do PL
Divulgação
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Fuad Noman
Prefeitura de Belo Horizonte
O juiz Marcos Antônio da Silva, da 29ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, estipulou um prazo de 10 dias para que os denunciados apresentem sua defesa. Em caso de condenação, eles poderão ter que pagar indenizações e perderão os direitos políticos, o que implica na cassação de seus mandatos e inelegibilidade por oito anos.
Conforme o MPE, os denunciados utilizaram redes sociais para disseminar informações falsas sobre Fuad Noman (PSD), que estava em busca da reeleição em Belo Horizonte. As postagens visavam prejudicar a imagem do então prefeito e favorecer Bruno Engler, seu adversário no segundo turno. Embora Noman tenha vencido a disputa, ele faleceu em março deste ano, em decorrência de um câncer.
Após a denúncia do MP, Nikolas Ferreira se manifestou em suas redes sociais, afirmando:
“Estão querendo cassar os meus direitos políticos por que fiz rachadinha? Por que coloquei dinheiro na cueca? Por que quebrei estatais? Não! Estão tentando me deixar inelegível porque denunciei um livro pornográfico do antigo prefeito de Belo Horizonte. Uai, não posso falar e denunciar mais não? É muita coincidência que só parlamentares de direita são perseguidos neste país.”
O MPE classifica as ações dos parlamentares como difamatórias, ressaltando que associaram trechos de um livro, Cobiça, à gestão de Noman de maneira distorcida. Segundo o órgão, houve uma tentativa de vincular a obra de ficção a exposições impróprias para crianças, o que não reflete a realidade. Além disso, Nikolas foi acusado de desobedecer a uma ordem judicial de retirar publicações que continham acusações infundadas, tendo, em vez disso, feito novas postagens com o mesmo conteúdo.
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