Recentemente, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) fez história ao garantir ao povo Pataxó o direito à Fazenda Paraíso, uma área localizada na Terra Indígena Barra Velha do Monte Pascoal, em Porto Seguro, na Bahia. Esta decisão significativa seguiu a recomendação do Ministério Público Federal (MPF), que destacou a importância dessa terra para os Pataxós.
No desfecho do caso, o TRF1 rejeitou um recurso de um fazendeiro que, em 2002, foi removido da propriedade e tentou reaver a posse através de uma ação contra a União, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Comunidade Indígena Pataxó. Embora o fazendeiro afirmasse ter ocupado a Fazenda Paraíso por quase duas décadas, o tribunal destacou que a área sempre foi parte da herança dos Pataxós, conforme um laudo pericial homologado.
Em adição, o MPF revelou que os processos de demarcação das Terras Indígenas Barra Velha do Monte Pascoal, Tupinambá de Olivença e Tupinambá de Belmonte, todas no sul da Bahia, já concluíram todas as etapas técnicas. A Funai confirmou a identificação desses territórios como indígenas, mas a formalização ainda aguarda apenas a assinatura das portarias declaratórias pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Além disso, é importante ressaltar que a Terra Indígena em questão se sobrepõe ao Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal, um local que remonta à época em que os portugueses avistaram o Brasil pela primeira vez em 1500, e que foi estabelecido como parque em 1961.
Essa decisão é um marco para a luta dos povos indígenas no Brasil e um passo significativo em direção ao reconhecimento e à proteção de seus direitos. O que você pensa sobre a demarcação das terras indígenas? Deixe seu comentário!
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