Em um pronunciamento impactante durante sua visita à Escócia, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou o tom contra Vladimir Putin, exigindo que a Rússia finalize sua ofensiva militar na Ucrânia em até 12 dias. Para Trump, “não há motivo para esperar”, ressaltando a falta de progresso nas negociações para a paz.
“Vou estabelecer um novo prazo de cerca de 10 ou 12 dias a partir de hoje. Não vemos nenhum progresso sendo feito”, declarou Trump, visivelmente frustrado.
Esse ultimato surge após um período em que Trump havia fornecido 50 dias ao Kremlin para se comprometer com um cessar-fogo. O ex-presidente também se disse desinteressado em novas conversas com Putin, destacando a ineficácia dos diálogos, que, segundo ele, foram seguidos por ataques violentos. “Tivemos boas conversas, mas depois mísseis caem sobre Kiev. Pessoas morrem. Estou farto disso”, afirmou Trump.
O líder americano revelou que suas interações anteriores com Putin, que totalizaram três ou quatro horas, sempre deixaram a impressão de que a paz estava ao alcance, mas isso nunca se concretizou. Sua nova postura reflete uma pressão crescente sobre o Kremlin.
Pressão internacional e sanções
Trump já havia ameaçado impor sanções à Rússia, atingindo também nações que mantêm relações comerciais com o país, como China, Índia e Turquia — principais compradores de energia russa desde o início do conflito. As sanções visam aumentar a pressão sobre essas economias estratégicas.
Recentes Tentativas de Negociação
- No último mês de maio, houve um esforço de diálogo entre Rússia e Ucrânia, subitamente interrompido por decisões unilaterais do Kremlin.
- A expectativa inicial era de uma reunião direta entre Putin e Zelensky, mas Putin optou por enviar representantes de menor escalão, resultando em progresso mínimo nas conversas.
- As negociações em Turquia se limitaram a acordos pontuais, como a troca de soldados feridos e corpos, sem avanços reais rumo à paz.
A mudança na abordagem de Trump marca um claro rompimento com sua postura anterior de diplomacia aberta. Desde que assumiu um novo mandato, ele buscava caminhos para uma solução pacífica, mas a persistente agressão militar da Rússia contra a Ucrânia testou sua paciência.
“Ele tem conversas tão agradáveis e respeitosas, e então, na noite seguinte, pessoas morrem com um míssil atingindo a cidade”, comentou.
A administração americana agora exige um compromisso claro e resultados concretos nas negociações, um passo necessário para lidar com os desafios que a guerra impõe não apenas à Ucrânia, mas ao equilíbrio geopolítico global.
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