O Senado brasileiro está em vias de analisar o Projeto de Lei PL 2.722/2025, que promete transformar a maneira como os alimentos ultraprocessados são rotulados. A proposta sugere que as embalagens desses produtos incluam um alerta sobre o seu alto potencial cancerígeno, com a mensagem: “O consumo regular deste produto aumenta o risco de câncer”, em destaque e com caracteres legíveis na parte frontal.
Essa iniciativa visa aumentar a conscientização sobre os riscos à saúde associados ao consumo desses alimentos e a controlar sua crescente popularidade no Brasil. A senadora Dra. Eudócia (PL-AL) enfatiza a importância da informação, dizendo: “Temos que levar conhecimento para as pessoas se cuidarem cada vez mais. Consumidos em excesso, esses alimentos causam obesidade, diabetes e doenças cardíacas. Cuidar da saúde é o maior ato de amor que pode ser feito.”
Nos últimos dez anos, o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens/USP) identificou um aumento de 5,5% no consumo de ultraprocessados. Esse crescimento coincide com a escalada de doenças como obesidade, diabetes tipo 2 e hipertensão. O Ministério da Saúde alerta que, além de prejudicar a nutrição, mesmo em indivíduos com excesso de peso, a alta ingestão desses alimentos está ligada ao aumento de casos de câncer colorretal.
Um boletim informativo da Secretaria de Saúde do Distrito Federal revelou que 83% dos adolescentes atendidos pela Atenção Primária consomem ultraprocessados, com alta taxa de consumo de bebidas adocicadas e alimentos pouco saudáveis, refletindo uma preocupante tendência de ganho de peso desde os 2 anos até a adolescência.
Com o suporte da senadora Dra. Eudócia, o Projeto de Lei ainda aguarda a análise das comissões temáticas. Se aprovado, o Brasil será um dos primeiros países a implementar advertências desse tipo nas embalagens de alimentos, sinalizando um passo significativo na proteção da saúde pública.
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