Na última quinta-feira, médicos de cinco hospitais estaduais em Salvador iniciaram uma greve que resultou na suspensão dos atendimentos eletivos, clínicos e cirúrgicos. Entre os profissionais afetados estão cirurgiões pediátricos, anestesistas, obstetras e neonatologistas do Hospital Geral do Estado (HGE) e do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), além das maternidades Tsylla Balbino, Iperba e Albert Sabin. O impacto é profundo, já que os atendimentos de fichas verdes e azuis também foram paralisados.
Em entrevista ao Bahia Notícias, Rita Virgínia, presidente do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (SindiMed), destacou que a greve só será encerrada quando o Governo do Estado atender às reivindicações da classe, especialmente na manutenção dos contratos sob a CLT. Segundo ela, 34 médicos já foram desligados devido à decisão da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), além de outros 40 que estão com demissões previstas até o final do ano.
“Apenas encerraremos a greve quando formos procurados pelo governo e garantirmos contratos dignos. A precarização das relações de trabalho não será aceita. Se nada mudar, até dezembro já teremos 529 médicos fora das escalas”, enfatizou Rita.
Surpreendentemente, outros profissionais de saúde, mesmo não diretamente impactados pela greve, decidiram se unir ao movimento de restrição. Médicos que atuavam sob contratos com outras empresas também aderiram à luta, demonstrando um forte sentimento de solidariedade dentro da categoria.
Por outro lado, a Sesab, em nota divulgada à imprensa, assegurou que todas as unidades da rede estadual de saúde estão operando normalmente, sem restrições, o que contrasta com a realidade vivida nos hospitais.
Este episódio se desdobrou após denúncias sobre o possível desligamento de profissionais com contratos CLT, sendo que mais de 500 médicos estão em risco de demissão para serem contratados sob o regime de Pessoa Jurídica (PJ). A assembleia do sindicato, realizada na noite do dia 24, consolidou a decisão de restringir atendimentos devido ao impasse nas negociações com o governo.
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