Em uma cena surpreendente, o advogado Jales Java dos Santos Lacerda Caliman atravessou os limites da convencionalidade ao recitar poesia e executar movimentos de capoeira em sua sustentação oral na 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), realizado na terça-feira (15). Com um tom audacioso, ele não se contentou apenas em apresentar seu caso; ele buscou uma expressão artística para defender sua posição.
O advogado enfrentou um contexto delicado, já que foi preso por se recusar a usar máscara na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceres. Acusado de uma série de crimes, incluindo ameaça e desacato, ele pediu ao TJ-GO o trancamento do processo e a exclusão de 20 registros penais prescritos ou encerrados do sistema judicial.
Em sua eloquente defesa, Jales declarou: “Excelência, peço licença para falar com poesia, pois quando a lei é quebrada, a palavra ganha ousadia.” Sua recitação refletiu a frustração com um sistema que, segundo ele, manifestou-se de forma injusta, tornando sua trajetória pessoal uma verdadeira batalha contra a perseguição judicial.
“O juiz que tudo orquestrou já tinha longa jornada, me perseguiu em muitos processos. A ficha foi fabricada…”, ele continuou, tecendo críticas à impessoalidade da justiça e pedindo a preservação dos direitos ao invés da emoção. Sua performance foi mais que um apelo, foi um grito por dignidade e justiça.
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) se limitou a informar que “não comenta a forma adotada por advogados para exercer a defesa de seus clientes na tribuna”. Contudo, deixou claro que, se necessário, a conduta do profissional seria apurada pelo Tribunal de Ética e Disciplina, sob sigilo.
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