InfoGripe: casos de SRAG em crianças aumentam em alguns estados

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A recente edição do Boletim InfoGripe da Fiocruz trouxe alertas preocupantes: a incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças está crescendo em estados como Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte, em associação com o vírus sincicial respiratório (VSR). No Rio Grande do Sul, também se observa um aumento na faixa etária infantil.

Em contraste, em boa parte do Brasil, especialmente no cenário nacional, as ocorrências relacionadas ao VSR e à influenza A estão em queda. Contudo, as hospitalizações permanecem em um nível elevado, apontando para uma continuidade na vigilância. Esse panorama refere-se à Semana Epidemiológica 30, que ocorreu entre 20 e 26 de julho.

A pesquisadora Tatiana Portella, integrante do Programa de Computação Científica da Fiocruz, salienta a necessidade de ações preventivas para conter o avanço dos casos. “Recomendamos que, em estados com aumento de SRAG, as pessoas continuem usando máscaras em locais fechados e aglomerados”, enfatiza Portella.

Embora a incidência de SRAG tenha permanecido alta em 20 estados, não há previsão de crescimento a longo prazo. Para crianças pequenas, os níveis de SRAG associados ao VSR se mantêm elevados, exceto em alguns estados como Amapá e Espírito Santo.

Entre os idosos, as ocorrências de SRAG continuam altas em regiões do Centro-Sul, Norte e Nordeste, especialmente no Pará, que apresenta indícios de um aumento nos casos nesta faixa etária. No entanto, a origem viral ainda está em investigação.

Além disso, as notificações relacionadas à Covid-19 estão em queda na maioria dos estados. Porém, no Ceará, um leve aumento nas ocorrências de SRAG foi identificado. Para mitigar os riscos, a pesquisadora reiterou a importância da imunização. “Manter a vacinação atualizada contra a influenza e a Covid-19 é fundamental para prevenir casos graves”, conclui Portella.

No panorama nacional deste ano, já foram registrados 145.517 casos de SRAG, com 53,4% resultando positivo para algum vírus respiratório. O VSR é o mais prevalente, seguido pela influenza A e rinovírus. Recentemente, a alta detecção de VSR em casos positivos foi destacada, evidenciando a necessidade de atenção contínua.

Diante desses dados alarmantes, é essencial que todos adotem medidas de prevenção e estejam por dentro das atualizações sobre a saúde pública. Comente abaixo: como você está se protegendo neste momento? Vamos juntos elevar a conscientização!

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