Deputados bolsonaristas baianos regem à prisão de Bolsonaro

Bolsonaristas baianos repudiaram a prisão do ex-presidente – Foto: Divulgação

Os deputados baianos alinhados a Jair Bolsonaro (PL) expressaram sua indignação após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente na última segunda-feira, dia 4.

A ordem judicial foi anunciada um dia depois de manifestações massivas que mobilizaram os apoiadores de Bolsonaro em várias cidades do Brasil. Os correligionários na Bahia levantaram questionamentos sobre a legalidade da decisão, considerando-a uma retaliação ao movimento popular.

O vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, Capitão Alden, caracterizou a decisão como ilegítima e sem valor jurídico. “Essa é uma demonstração clara do uso político do sistema de justiça no Brasil. O povo se manifestou pacificamente no dia 3, e como resposta, enfrentamos essa medida extrema contra o maior líder da oposição, sem julgamento e sem qualquer justificativa concreta”, afirmou.

O deputado estadual Leandro de Jesus ressaltou a sincronicidade da prisão com os protestos, afirmando que Moraes se comporta com tirania. “É evidente que esta atitude é uma revanche de alguém que se considera acima da democracia e da lei”, declarou.

Diego Castro, também parlamentar na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), disse que a medida representa uma ameaça à democracia. “Essa decisão de Moraes ignora princípios básicos do Direito e reflete uma vingança política. Não há crime configurado; quem transgride a legalidade é o próprio ministro”, argumentou.

“Vergonha para o Brasil”

João Roma, presidente do PL Bahia e ex-ministro da Cidadania, manifestou sua opinião, chamando a decisão de um “Judiciário apartado da Lei”. “A prisão domiciliar do presidente Jair Bolsonaro revela o lado ideológico de um Judiciário que atua em favor de seus próprios interesses”, postou em suas redes sociais.

Roman observou que tais ações fragilizam a democracia brasileira, provocando indignação entre cidadãos de bem. Ele solidarizou-se com Bolsonaro, descrevendo-o como um “perseguido político”.

Entenda a medida

A ordem de prisão está relacionada ao conteúdo compartilhado nas redes sociais pelos filhos de Bolsonaro. No dia 4, o ex-presidente foi visto nas redes sociais, em casa, enquanto acompanhava as manifestações pela anistia dos envolvidos nas tentativas de golpe em janeiro de 2023, sendo um dos alvos das críticas.

A decisão de Moraes inclui a manutenção da tornozeleira eletrônica e a proibição de visitas, exceto de advogados, com restrições ao uso de celulares por visitantes, exigindo autorização prévia do STF para outras visitas.

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