Tarifaço: Apex abrirá escritório em Washington. Agro critica “atraso”

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A Apex Brasil, agência que defende os interesses do agronegócio brasileiro no cenário internacional, tomou uma decisão estratégica: abrir um novo escritório em Washington. A iniciativa, anunciada por seu presidente, Jorge Viana, durante o Congresso Brasileiro do Agronegócio, ocorre mais de um mês depois que Donald Trump impôs tarifas sobre produtos brasileiros. Com essa ação, a Apex busca fortalecer sua presença nos Estados Unidos, a maior economia do mundo, em meio ao clima ofuscante das tensões comerciais.

A medida foi recebida com críticas de produtores, que a consideraram “atrasada”. Em especial, os agricultores de café avaliam que a resposta do governo brasileiro deveria ter sido mais ágil, dada a urgência da situação. Um representante do setor expressou sua frustração, alertando que a demora aponta para uma falta de proatividade nas negociações com o governo americano.

Durante o evento, Viana enfatizou a importância de manter a presença no mercado americano, buscando atuar longe de questões políticas que possam influenciar os negócios. No entanto, a ausência de uma estratégia mais rápida gerou discussões acaloradas, com governadores criticando o presidente Luis Inácio Lula da Silva por não ter iniciado comunicações diretas com Trump.

Em uma tentativa de mitigar os impactos das tarifas, um plano de contingenciamento está sendo elaborado. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, trocou sua participação no Congresso por uma reunião com Lula para discutir essas medidas. Embora ainda não haja detalhes oficiais, especula-se que o plano inclua isenções tarifárias e financiações para os setores mais atingidos.

As propostas em consideração abrangem desde linhas de crédito para pequenos produtores até a reativação do Programa Seguro-Emprego, que permite ajustes na jornada e salários de trabalhadores em dificuldade. Além disso, a ampliação do programa Reintegra propõe recuperar tributos pagos por pequenas empresas exportadoras.

Essa resposta governamental pode ser crucial para a sustentabilidade do agronegócio brasileiro frente aos desafios internacionais. E você, o que acha das medidas propostas? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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