Como está hoje o programa Mais Médicos, citado por EUA em nova sanção

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O programa Mais Médicos, criado em 2013 para levar atendimento de saúde a áreas carentes, voltou a ser discutido em meio a uma nova tensão nas relações entre Brasil e Estados Unidos. Recentemente, o Departamento de Estado dos EUA revogou vistos e impôs restrições a ex-integrantes do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), alegando envolvimento com o regime cubano no programa.

Idealizado durante o governo de Dilma Rousseff, este programa alcançou o auge em 2015, com 18,1 mil profissionais, sendo 60% deles cubanos, que chegavam ao Brasil através de um convênio com a Opas. Parte dos recursos destinados aos médicos era retida pelo governo cubano, levando Washington a acusar o regime de exploração em um suposto esquema de trabalho forçado.

A lista de indivíduos sancionados inclui Mozart Júlio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde, e Alberto Kleiman, ex-chefe de relações internacionais do ministério, que atualmente organiza a COP30 em Belém. Após críticas em 2018 relacionadas à remuneração dos médicos cubanos e à validação de seus diplomas, Cuba rompeu o convênio e retirou os profissionais do Brasil.

Em 2019, o governo de Jair Bolsonaro lançou o programa Médicos pelo Brasil, priorizando a formação nacional. Já em 2023, Luiz Inácio Lula da Silva reativou o Mais Médicos, agora focado em médicos formados no Brasil, mantendo as duas iniciativas em operação.

Hoje, o Mais Médicos e o Médicos pelo Brasil formam um quadro de 25.337 profissionais, distribuídos em mais de 4 mil municípios, focando especialmente em áreas vulneráveis, comunidades indígenas e pessoas em situação de rua. O programa é crucial para mitigar a falta de médicos nas regiões mais remotas do país.

Com a recente imposição de sanções, que também incluem tarifas sobre produtos brasileiros e investigações comerciais, o panorama das relações Brasil-EUA se complica ainda mais, trazendo à tona temas como disputas econômicas e as controvérsias envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Importante ressaltar que o programa aceita médicos brasileiros com registro no CRM ou diploma revalidado, além de brasileiros formados no exterior e médicos estrangeiros capacitados, simplificando o acesso à profissão. Se você tem uma opinião sobre os impactos do programa na saúde pública, adoraria saber sua visão nos comentários!

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