Dólar fecha em alta com tensão Brasil-EUA após decisão de Dino; Ibovespa tem perda com pressão de bancos

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O cenário econômico brasileiro viveu uma reviravolta nesta terça-feira, com o dólar atingindo R$ 5,50, refletindo a crescente tensão nas relações entre Brasil e Estados Unidos. A decisão do ministro Flávio Dino, que declarou a não aplicação da Lei Magnitsky em território nacional, gerou apreensão no mercado, especialmente no setor bancário. As ações de grandes bancos sentiram o impacto, resultando em perdas significativas na B3.

Durante a tarde, o dólar consolidou seus ganhos, alcançando alta de 1,22% e o maior fechamento desde o início do mês. A incerteza acerca da relação bilateral, exacerbada por críticas do ex-presidente Donald Trump ao STF, fez com que os investidores repensassem suas estratégias, liquidando ações e buscando segurança em posições cambiais defensivas. Além disso, a expectativa em torno da pesquisa de aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva alimentou a pressão sobre a moeda.

Os impactos da decisão de Dino não foram apenas psicológicos, mas também práticos. Com os bancos temendo sanções americanas por conta de Moraes, muitos já buscam orientação jurídica no exterior. Porém, seguir as diretrizes americanas contraria a legislação brasileira, uma armadilha que deixa os bancos entre a cruz e a espada. No vácuo de incertezas, viraram-se para cooperativas de crédito, mas essa alternativa foi rejeitada como um sinal de fraqueza.

O Ibovespa, por sua vez, ressentiu-se da pressão exercida pelo setor financeiro. Com perdas que chegaram a 2,10%, o índice despencou para níveis não vistos desde agosto. Grandes nomes como BB, Itaú e Bradesco estiveram entre os mais afetados, enquanto algumas poucas ações conseguiram se destacar positivamente, mas na minoria.

O panorama se complica ainda mais com a expectativa relativa ao Federal Reserve. Com a ata e o discurso do presidente Jerome Powell se aproximando, os investidores permanecem cautelosos, ajustando suas posições em meio a um cenário que promete ser turbulento. Diante de tudo isso, é hora de se perguntar: o que poderá render para o mercado nos próximos dias? O que você pensa sobre esse cenário? Compartilhe sua opinião!

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