No início de julho, um pastor cristão em Solapur, Maharashtra, India, virou alvo de uma agressão brutal após um culto de ceia ser interrompido por uma multidão de extremistas nacionalistas hindus. Armados de convicções distorcidas, eles acusaram o pastor de “distribuir sangue” durante a celebração da Santa Ceia, sem compreender a essência do que realmente representava: suco de uva, e não uma bebida alcoólica ou qualquer substância semelhante.
O que ocorreu em 6 de julho foi capturado em vídeo e rapidamente circulou pelas redes sociais. Os agressores, entoando gritos de fé que invocavam deuses hindus, confrontaram o pastor e exigiram ver a autorização para a ceia. Após uma violação total das normas de respeito, confiscaram os elementos do culto e partiram para a violência.
Depois do ataque, surgiram novas teorias conspiratórias nas redes, incluindo acusações absurdas de que o pastor estaria tentando intoxicar mulheres. Essas alegações, amplamente contestadas por membros da comunidade, são vistas como parte de um esforço para desacreditar as igrejas na região. Um representante da Portas Abertas, organização de defesa dos cristãos, afirmou que tais distorções são fabricadas para incitar o medo e a hostilidade contra os cristãos.
O clima para comunidades religiosas minoritárias em Maharashtra se deteriorou, especialmente com o aumento da pressão por leis anticonversão rígidas, que já são parte da legislação em 11 estados indianos. Enquanto defensores alegam que essas leis visam proteger os vulneráveis, críticos observam que frequentemente servem para legitimar o assédio e a violência.
A situação se agravou nos últimos meses com declarações alarmantes de figuras do Hindutva, que ofereceram recompensas para atos de violência contra cristãos. Esse discurso de ódio não apenas deslegitima os praticantes da fé, como também instiga ações diretas e cruéis, colocando em xeque a segurança de muitos.
Conforme a Lista Mundial da Perseguição da Portas Abertas, a Índia figura como o 11º país mais perigoso para cristãos, refletindo uma realidade onde extremistas atacam com frequência as comunidades de fé que consideram “estranhas” à nação. Um apelo à solidariedade é urgente: esteja atento às vozes que clamam por justiça e a defesa dos direitos humanos. Como você vê essa situação? Compartilhe sua opinião conosco!
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