Na manhã de terça-feira, 19, as autoridades do México descobriram seis cabeças humanas em uma estrada que liga os Estados de Puebla e Tlaxcala. Essa área, até então considerada tranquila, foi surpreendida por esse ato brutal. A polícia ainda não identificou suspeitos ou a motivação por trás do crime. A promotoria local acionou investigações e a mídia relata que um cobertor foi deixado no local, contendo uma mensagem dirigida a gangues rivais, aparentemente assinada por um grupo chamado “La Barredora”. Esse nome é associado a uma facção obscura do estado de Guerrero, mas a relação com o crime atual permanece incerta.
A BBC ressalta que, além do narcotráfico, a região também enfrenta desafios relacionados ao contrabando de combustível, que movimenta bilhões anualmente. Embora Puebla e Tlaxcala não sejam conhecidas pela violência extrema típica dos cartéis em outras partes do país, o contexto de segurança se deteriora rapidamente. A descoberta das cabeças ocorre em meio a uma intensificação da repressão do governo mexicano, liderado pela presidente Claudia Sheinbaum, no combate ao tráfico de fentanil. Até o momento, as autoridades federais não se manifestaram sobre as mortes.
Nos últimos anos, a violência entre os cartéis no México cresceu de forma alarmante, resultando em centenas de milhares de mortes e dezenas de milhares de desaparecidos desde o uso do exército contra os grupos criminosos, iniciado em 2006. Somente em junho, mais de 20 corpos foram encontrados, incluindo quatro decapitados, em Sinaloa, área severamente afetada pela violência.
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