As tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela estão em alta após o governo da Guiana lançar acusações de envolvimento do regime de Nicolás Maduro com redes de narcoterrorismo. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, destacou o Cartel de los Soles, uma organização criminosa ligada a setores militares na Venezuela, como uma das principais ameaças à segurança regional.
O comunicado da Guiana enfatiza que essas redes não apenas ameaçam a segurança, mas também podem minar instituições estatais e a democracia. O país pede maior colaboração internacional para combater o crime organizado, afirmando seu compromisso de trabalhar com parceiros regionais para desmantelar esses grupos.
Os cidadãos americanos receberam um alerta da Embaixada dos EUA na Venezuela, recomendando que não viajassem ao país. O aviso menciona riscos como detenção arbitrária, tortura e terrorismo, em um cenário de crescente instabilidade civil. Esse clima tenso coincide com o envio de três navios de guerra ao mar do Caribe, uma iniciativa autorizada pelo governo de Donald Trump para reforçar o combate ao narcotráfico, que tem como alvo as atividades do regime venezuelano.
Na terça-feira, a porta-voz Karoline Leavitt afirmou que os EUA estão prontos para agir contra responsáveis pelo tráfico de drogas. Em agosto, Washington dobrou a recompensa por informações que levem à captura de Maduro, elevando-a para US$ 50 milhões. Essas movimentações militares geram especulações sobre uma possível ação rápida para capturar o presidente venezuelano, embora especialistas alertem que uma intervenção desse tipo possa ser inédita e de alto custo para a política externa dos EUA na América do Sul.
Em resposta, Maduro mobilizou 4,5 milhões de membros da Milícia Bolivariana, classificando a ação como parte de um “plano de paz”. Entretanto, esse movimento foi visto como um sinal de preparação frente à crescente pressão militar dos EUA. O aumento das tensões reaviva preocupações sobre como uma possível intervenção poderia afetar outros países da América Latina, especialmente o Brasil, que defende a estabilidade na região.
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