Recentemente, o youtuber Felca trouxe à tona uma questão alarmante: a exploração e sexualização de crianças e adolescentes nas redes sociais. Com mais de 26 milhões de visualizações, seu vídeo não apenas chocou o público, mas também desencadeou investigações pelos órgãos públicos. Entre os casos denunciados, destaca-se o de Hytalo Santos, que produziu um “reality show” envolvendo menores em situações sexualizadas. Felca expôs práticas que colocam os jovens em situações de vulnerabilidade, como danças sensuais em meio ao consumo de álcool.
Diante das graves denúncias, o Ministério Público da Paraíba e o Ministério Público do Trabalho iniciaram investigações para apurar a potencial exploração de menores no ambiente digital. A resposta rápida das redes sociais, suspendo contas ligadas a esses conteúdos, evidencia a seriedade do problema. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, declarou que estão sendo pautados projetos com o intuito de combater a adultização infantil na internet, reforçando a urgência dessa discussão.
Mauricio Cunha, presidente do ChildFund Brasil, alertou para o fenômeno preocupante da erotização infantil disfarçada como entretenimento. Segundo ele, práticas que parecem inofensivas podem, na verdade, esconder riscos sérios para o desenvolvimento das crianças. Para combater essa problemática, é essencial educar pais e responsáveis sobre conteúdos inadequados e o funcionamento dos algoritmos que promovem tais conteúdos.
Em paralelo, iniciativas legislativas estão em andamento, como a proposta da “Lei Felca”, que busca tornar a exploração sexual infantil um crime com punições específicas. A proposta implica a criação de uma tipificação penal clara e altera a Lei Geral de Proteção de Dados, visando proibir a propagação de conteúdos que sexualizem menores. Essa ação é um passo significativo para enfrentar a população crescente que busca lucro às custas da inocência infantil.
Um estudo do ChildFund Brasil mostrou que mais de nove milhões de adolescentes já sofreram violência sexual online, e isso ressalta a necessidade de uma mobilização efetiva entre famílias, educadores e autoridades. Laís Peretto, da Childhood Brasil, enfatizou a importância de recursos que ajudem os adultos a proteger as crianças online, como a cartilha “Navegar Com Segurança”, que oferece orientações práticas para garantir uma navegação segura.
O debate gerado pela denúncia de Felca é um chamado à ação conjunta. As plataformas digitais, os educadores e o poder público precisam colaborar para criar um ambiente seguro para os jovens na era digital. O projeto de lei que protege a infância no ambiente digital emerge como uma solução viável para reafirmar a proteção integral das crianças, ao mesmo tempo em que responsabiliza todos os envolvidos.
Você concorda com a necessidade de ações mais rígidas contra a erotização infantil? Compartilhe sua opinião e faça parte dessa discussão tão importante!
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