Celso Amorim, assessor especial do presidente para Assuntos Internacionais, expressou sua preocupação com a movimentação de navios militares dos Estados Unidos nas proximidades da Venezuela. Durante uma audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, ele enfatizou o risco de uma intervenção americana, afirmando que a não intervenção é fundamental para a estabilidade da região.
“É preocupante ver barcos americanos por perto. Não vou fazer um julgamento político, mas acredito que a intervenção não é a solução. O combate ao crime organizado é necessário, mas deve ocorrer com a cooperação dos países e não através de ações unilaterais”, disse Amorim.
Essa declaração surge no mesmo dia em que fontes do governo dos EUA confirmaram que três destróieres de mísseis guiados — USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson — estão se aproximando da costa venezuelana. Essa operação visa enfrentar cartéis de drogas da América Latina, considerados organizações terroristas globais pela administração de Donald Trump.
Além dos navios, os Estados Unidos também destacaram cerca de 4 mil marinheiros e fuzileiros navais para a região do sul do Caribe, com o apoio de aviões de vigilância P-8 e outros navios de guerra. As operações acontecerão em águas internacionais, conforme anúncio do comando norte-americano.
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