Em uma visita a Guaratinguetá (SP), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) trouxe uma mensagem clara: a resposta do Brasil às tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos não será de retaliação, mas de ação. Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, enfatizou que a prioridade do governo é “resolver” a situação, com a promessa de um pacote de medidas para apoiar os setores mais prejudicados.
O Planalto está determinado a abrir canais de negociação com a administração de Donald Trump, buscando ampliar a lista de produtos que não serão taxados. “A tarifa é injusta e sua fundamentação jurídica é fraca”, destacou Alckmin. Ele acredita que aumentos nas tarifas impactam diretamente o consumidor, portanto, é essencial buscar soluções que incentivem o comércio e o crescimento econômico.
O vice-presidente advertiu sobre setores que enfrentam maiores riscos, como café, carne e a indústria de máquinas, exigindo atenção especial por sua complexidade e importância econômica. Em menos de 48 horas, o governo deve lançar um programa abrangente para proteger empregos e garantir a retomada das atividades. Esse é um momento crítico em um cenário comercial onde, apesar do superávit dos EUA com o Brasil, a aplicação de tarifas elevadas não se justifica.
Alckmin reforçou a relevância das exportações brasileiras para o mercado americano, que incluem produtos de alto valor agregado, como aeronaves e autopeças. “O Brasil vende US$ 40 bilhões para os EUA, sendo fundamental manter um fluxo comercial saudável”, argumentou, posicionando-se contra a disparidade das tarifas.
Além das tarifas, Alckmin abordou o impacto positivo do programa federal de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). As vendas de veículos no Brasil aumentaram 14,2% em julho, refletindo a eficácia do IPI zerado para carros sustentáveis e eficientes, promovendo acessibilidade e inovação no setor automobilístico.
“O presidente Lula está focado em políticas que beneficiem a população, proporcionando acesso a veículos mais baratos e sustentáveis”, afirmou. O programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover) é um passo importante nessa direção, visando não apenas o crescimento econômico, mas uma transformação em como nos movimentamos e consumimos.
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