Em julho de 2025, o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), elaborado pelo Ibre/FGV, apresentou uma modesta alta de 0,06%, o que sugere uma estabilidade nos preços de locação. Contudo, o panorama anual revela uma pressão crescente nos valores: o acumulado em 12 meses passou de 5,54% em junho para 5,79% em julho.
Analisando o desempenho das capitais, notamos uma desaceleração em várias cidades. Em São Paulo, a alta recuou de 3,28% para 0,09%. Porto Alegre também apresentou queda, passando de 0,96% para 0,11%. No Rio de Janeiro, a redução foi menos acentuada, de 3,23% para quase estabilidade em 0,01%. Belo Horizonte viu uma queda semelhante, de 1,34% para 0,03%.
Apesar das oscilações mensais, o acumulado anual apresenta resultados opostos, com aumento em São Paulo, que avançou de 2,97% para 4,22%, e em Belo Horizonte, de 9,56% para 10,31%. Já Porto Alegre e Rio de Janeiro mostraram uma leve desaceleração, passando de 6,02% para 5,20% e de 5,93% para 4,64%, respectivamente.
Instituído em 2022, o IVAR reflete as transações efetivamente realizadas nos contratos de aluguel, oferecendo uma visão mais precisa do mercado do que os dados baseados apenas em anúncios. Ao comparar com outros índices, como o FipeZAP, que registrou valorização de 0,58% em julho e alta acumulada de 7,31%% nos últimos 12 meses, percebemos que o cenário imobiliário é complexo. O IGP-M, tradicional referência para reajustes de aluguéis, acumulou apenas 2,96%
Em suma, julho se caracterizou por uma estabilidade nos aluguéis residenciais, ainda que os preços altos persistam, superando a inflação e representando uma parte significativa do orçamento das famílias. O arrefecimento em mercados como São Paulo e Porto Alegre ajuda a conter o avanço, mas a situação permanece desafiadora.
Quais suas impressões sobre o mercado de aluguéis? Você acredita que essa tendência de estabilização vai se manter nos próximos meses? Compartilhe suas opiniões nos comentários!
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