Na última terça-feira (26), a União Europeia defendeu seu “direito soberano” de regulamentar o setor de tecnologia. Essa declaração veio em resposta às ameaças de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, sobre a imposição de tarifas a países que, segundo ele, discriminam empresas tecnológicas americanas.
Na segunda-feira (26), Trump criticou duramente as nações e organizações que tentam regular a tecnologia. Ele afirmou, em uma postagem na plataforma Truth Social, que “os impostos e a legislação sobre serviços digitais têm a intenção de penalizar a tecnologia americana”. Embora não tenha nomeado a União Europeia diretamente, foi clara a referência às suas regulamentações, como o Regulamento de Mercados Digitais (DMA) e o Regulamento de Serviços Digitais (DSA).
Além disso, o Reino Unido também possui um imposto sobre serviços digitais. Trump alertou que, caso essas “medidas discriminatórias” persistam, ele poderá implementar “tarifas adicionais substanciais” sobre produtos de países envolvidos ou restringir a exportação de tecnologia e chips americanos. A Comissão Europeia respondeu, refutando veementemente a acusação de que suas normas visam prejudicar empresas dos EUA.
A porta-voz do Executivo europeu, Paula Pinho, enfatizou que “é um direito soberano da UE e de seus Estados-membros regulamentar as atividades econômicas em nosso território conforme nossos valores democráticos”. Esta situação ecoa eventos anteriores, como em junho, quando Trump cancelou negociações comerciais com o Canadá devido a um imposto sobre serviços digitais que afetava multinacionais americanas, o que levou o Canadá a reverter sua decisão.
O embate entre Estados Unidos e a União Europeia sobre regulamentação digital promete continuar moldando o futuro das relações comerciais e tecnológicas entre as duas potências. E você, o que pensa sobre essa discussão? Deixe sua opinião nos comentários!
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