Boletim Focus: Mercado reduz projeção de inflação para 2025 a 4,95%, menor nível do ano

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Em uma revelação notável, o Banco Central anuncia a 12ª redução consecutiva na projeção de inflação para 2025, agora estimada em 4,95% ao ano. Essa marca, a mais baixa do ano, foi registrada no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (18). Contudo, é importante ressaltar que esse índice permanece acima do limite estabelecido pela instituição, que é de 3% ao ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, ou seja, o teto é de 4,5%.

Essa nova previsão surge à luz de dados recentes do IBGE, que mostraram uma alta de 0,26% na inflação de julho, abaixo da esperada de 0,36%. Este foi o menor aumento registrado para o mês desde 2023, com analistas ressaltando que a contenção nos preços de alimentos e bens industriais contribuiu para essa desaceleração. Além disso, o impacto do aumento tarifário imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros pode ter um efeito benéfico, reduzindo a atividade econômica e, consequentemente, diminuindo a pressão sobre os preços internos.

No panorama mais amplo, o boletim também trouxe outras previsões. Para 2026, a inflação foi revista para 4,40%, enquanto a expectativa para 2027 permanece em 4%. Em relação ao crescimento econômico, a projeção para o PIB de 2025 está fixada em 2,21%, com uma leve queda para 2027, que passa de 1,93% para 1,87%. A taxa Selic deve se manter em 15% ao ano no final de 2025, e o dólar está estimado em R$ 5,60 para o fim do ano que vem.

Diversos fatores se entrelaçam neste cenário. Desde janeiro, o Brasil adotou um regime de meta contínua de inflação, que requer que o índice acumulado em 12 meses fique entre 1,5% e 4,5%. Caso essa meta não seja cumprida por seis meses consecutivos, o presidente do BC deve encaminhar uma carta ao ministro da Fazenda, detalhando os motivos. Em junho, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, já precisou justificar desvios, atribuindo-os a variações cambiais, custos com energia elétrica, a dinâmica da atividade econômica e fenômenos climáticos.

E você, o que acha dessas mudanças nas projeções econômicas? Deixe seu comentário e vamos debater sobre isso!

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