Em 2025, o Brasil se prepara para colher uma safra impressionante de 340,5 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas, conforme estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este número significativo representa um crescimento de 16,3% em relação a 2024, somando 47,7 milhões de toneladas. Em comparação com a previsão de junho, há um aumento de 2,1%, correspondendo a 7,1 milhões de toneladas a mais.
A área a ser cultivada é estimada em 81,2 milhões de hectares, refletindo um aumento de 2,7% sobre a área de 2024. Dados mostram que soja, milho e arroz concentram 92,7% da produção nacional, com a soja alcançando 165,5 milhões de toneladas, impulsionada por uma produtividade crescente. O milho, igualmente vital, deverá somar 137,6 milhões de toneladas, sendo 26,2 milhões na primeira safra e 111,4 milhões na segunda. Já o arroz em casca deve chegar a 12,5 milhões de toneladas.
Outros produtos também demonstraram crescimento, como o sorgo, com 4,9 milhões de toneladas, e o feijão, que deve produzir 3,1 milhões. No campo dos cereais de inverno, estimativas indicam que o trigo deverá atingir 7,7 milhões de toneladas, enquanto a aveia branca e a cevada devem somar 1,3 milhão e 549,3 mil toneladas, respectivamente.
Veja a distribuição da produção estimada por regiões e estados:
Região | Variação Anual (%) | Variação Mensal (%) | Participação na Produção Nacional (%) |
---|---|---|---|
Centro-Oeste | +21,4 | +3,3 | 51,5 |
Sul | +9,0 | +0,7 | 25,1 |
Sudeste | +16,9 | +1,9 | 8,9 |
Nordeste | +9,0 | -0,1 | 8,2 |
Norte | +17,3 | +1,9 | 6,3 |
A produção por estado revela a predominância de Mato Grosso, que representa 32,4% da produção nacional, seguido por Paraná com 13,4% e Goiás com 11,4%. No total, os seis principais estados contribuem com 79,8% da produção.
Desafios na rentabilidade e custos de produção
Embora esses números sejam promissores, o economista Guidi Nunes, do Conselho Regional de Economia (Corecon), ressalta a importância de analisar a rentabilidade. “Com a queda nos preços das commodities e o aumento dos custos dos insumos agrícolas, a rentabilidade está na casa de 2,3% ao ano, o que não é satisfatório. Isso exige que os produtores busquem alternativas, especialmente em relação ao uso de insumos biológicos”, afirma.
Nunes enfatiza que o crescimento na produção se deve, em grande parte, à ampliação da área plantada, e não a ganhos significativos de produtividade por hectare. Essa é uma reflexão importante para o futuro da agricultura brasileira.
Quais são suas opiniões sobre esses dados? Você acredita que os produtores encontrarão soluções para os desafios apresentados? Deixe seu comentário abaixo!
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